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Republicanos cancelam votação de lei que substituiria Obamacare

A liderança republicana cancelou a votação após não conseguir os votos suficientes. O presidente Trump deve fazer um discurso para comentar o revés

Trump: o presidente empreendeu esforços de última hora para conseguir unidade partidária (Carlos Barria/Reuters)
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AFP

Publicado em 24 de março de 2017 às 17h03.

Última atualização em 24 de março de 2017 às 17h36.

Em uma dura derrota política para seu início de governo, o presidente americano, Donald Trump , retirou nesta sexta-feira o polêmico projeto de reforma do sistema público de saúde, ao constatar que não teria os votos necessários para a sua aprovação.

O secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, informou que Trump fará um discurso à nação no Salão Oval para comentar o revés.

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Uma hora antes do horário previsto para a votação no Congresso do projeto de lei que substituiria o sistema Obamacare, o presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, foi à Casa Branca informar Trump que o texto não seria aprovado "e o presidente lhe pediu que retirasse o projeto de lei", disse à AFP um auxiliar do influente legislador.

Ryan dirigiu-se em caráter de urgência à Casa Branca falar pessoalmente com o presidente, embora rapidamente se tenha sabido que ele foi informá-lo de que os esforços de negociação haviam fracassado e que o projeto de reforma não seria aprovado.

O projeto de lei devia ter sido votado na tarde desta quinta-feira, mas diante do evidente racha interno no Partido Republicano, a decisão acabou sendo adiada para esta sexta.

O presidente, que tinha feito da reforma do Obamacare uma de suas mais importantes promessas de campanha, empreendeu esforços de última hora para conseguir unidade partidária e garantir a aprovação do projeto de reforma.

Neste esforço, Trump pôs em jogo sua fama de negociador nato, mas ele fracassou em convencer a ala ultraconservadora republicana a apoiar o projeto.

Trata-se de um grave tropeço político para Trump neste início de mandato, que arranha sua reputação e afeta sua capacidade de negociação com o Congresso.

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