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China confina cidade de mais de 300.000 habitantes por um caso de covid-19

As autoridades de várias regiões adotaram restrições na tentativa de conter novos surtos da variante ômicron, que é muito contagiosa

Teste de covid em Xangai em 11 de julho de 2022 (AFP/AFP)

Teste de covid em Xangai em 11 de julho de 2022 (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 12 de julho de 2022 às 09h04.

Última atualização em 12 de julho de 2022 às 14h23.

Centenas de milhares de pessoas entraram em confinamento em uma pequena cidade da China nesta terça-feira, 12, após a detecção de um caso de covid-19, em mais uma demonstração de que Pequim prossegue com a estratégia de tolerância zero aos contágios.

A China é a única grande economia do mundo que mantém a estratégia "covid zero", que inclui confinamentos, testes em larga escala e restrição de deslocamentos com novos casos, apesar do cansaço da população e dos custos para a economia.

As autoridades de várias regiões adotaram restrições na tentativa de conter novos surtos da variante ômicron, que é muito contagiosa.

Depois de detectar apenas uma infecção, Wugang, que é um importante ponto de produção siderurgia na província de Henan, anunciou na segunda-feira que implementará três dias de "controle rígido".

De acordo com as ordens, os 320.000 habitantes da cidade estão proibidos de sair de suas casas até meio-dia de quinta-feira, mas as autoridades garantem que todos receberão os produtos básicos. Os moradores não podem usar os seus carros e para circular em um "circuito fechado" devem solicitar uma autorização.

Uma das maiores siderúrgicas da China, a Wuyang Iron & Steel Co., que exporta para os Estados Unidos, Japão e outras grandes economias ocidentais, tem sede nesta cidade, informou a Bloomberg.

A China registrou 347 novos casos de covid nesta terça-feira, mais de 80% deles assintomáticos, segundo a Comissão Nacional de Saúde.

Os surtos persistentes da doença e as respostas inflexíveis das autoridades reduziram qualquer expectativa de que a China modifique a estratégia draconiana, que desde o início do ano já provocou o confinamento de dezenas de milhões de pessoas, em alguns casos por semanas.

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