Oferta do Santander terá 8,14% de rateio

Os investidores que reservaram as units (união de ações ordinárias e preferenciais em um único papel) do Santander receberão apenas parte do valor solicitado. Somente os clientes e funcionários do banco tiveram seus pedidos integralmente atendidos. Para os demais investidores de varejo, será aplicado um rateio de 8,14% sobre o valor que exceder 3.000 reais. Ou seja, os investevidores receberão apenas 8,14% do valor solicitado acima de 3.000 reais.

Os papéis começam a ser negociados nesta quarta-feira (7/10) na Bovespa, sob o código SANB11. Como a expectativa é de forte demanda logo na abertura pelos papéis, será realizado um leilão às 10h30 para promover uma melhor formação de preço.

Os papéis do Santander tiveram seu preço inicial fixado em 23,50 reais, centro da faixa estimada pelos coordenadores da operação, que ia de 22 reais a 25 reais. Com a operação, o banco conseguiu levantar 14,1 bilhões de reais, realizando a maior oferta pública de ações no mundo desde o início da crise financeira.

Cada unit do Santander é formada por 55 ações ordinárias e 50 preferenciais. Como o banco já possui ações na Bovespa, é possível dizer que o valor inicial das units teve um desconto de 6,7% em relação ao fechamento do último pregão. Nesta terça-feira (6/10), tanto a ação ordinária (ON) quanto a preferencial (PN) fecharam cotadas a 0,24 real. Multiplicando-se 0,24 real por 105 papéis (55 ONs e 50 PNs) tem-se como preço de referência da unit 25,20 reais.

Para os especialistas, a oferta da filial brasileira do Santander era uma boa oportunidade para comprar os papéis com desconto. No longo prazo, as expectativas não só para a instituição, mas para todo o setor, são positivas. "O setor bancário no Brasil é um ótimo investimento. Outras economias do porte do Brasil não garantem aos investidores do setor bancário um retorno tão atraente quanto a brasileira. O Santander pode não ser a melhor opção do setor, mas está entre as melhores", diz Antonio Bento Furtado de Mendonça Neto, vice-presidente da consultoria Solving Efeso.

O principal desafio do Santander, na visão dos analistas, é melhorar sua rentabilidade, que fica abaixo da registrada pelos concorrentes.