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Crédito consignado cresce 99% em 12 meses, diz BC

Estoque total das operações de crédito do sistema financeiro alcançou R$ 498 bilhões (26,7% do PIB). Para;consultor,;;o descompasso entre o forte crescimento do;crédito ao consumo;e</

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O crédito consignado em folha de pagamento cresceu 6,1% de janeiro para fevereiro, atingindo 13,6 bilhões de reais e confirmando o status de ponta-de-lança da expansão dos financiamentos (leia reportagem de EXAMEsobre as novas formas de empréstimo adotadas pelo bancos no Brasil). Segundo nota à imprensa do Banco Central (BC) divulgado nesta quarta-feira (23/3), nos últimos doze meses os financimentos desse tipo registraram crescimento de 98,7%. O rápido crescimento da modalidade impulsiona a evolução dos empréstimos para pessoas físicas com recursos livres (aqueles em que o banco decide a que tipo de empréstimo e de cliente vai direcionar). O estoque de empréstimos nessa categoria beira os 121 bilhões de reais em fevereiro, com alta de 3,2% na comparação com janeiro.

O BC destaca que a taxa observada nos contratos de crédito consignado, 39,4% ao ano, é significativamente inferior à taxa média de empréstimos de crédito pessoal, de 75,3% ao ano (incluídos os consignados).

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Para o consultor Álvaro Musa, há potencial para que o crédito ao consumo como um todo alcance 12% do Produto Interno Bruto nos próximos quatro a cinco anos. "O governo atual, pela primeira vez, está dando atenção à expansão do financiamento do consumo", diz Musa. "Mas não se pode dizer o mesmo sobre o financiamento da produção." Segundo o economista, o risco embutido nessa tendência é que a demanda extrapole a oferta, gerando pressão inflacionária (leia reportagem sobre o baixo nível de financiamento da produçãopor parte dos bancos brasileiros).

O estoque total das operações de crédito do sistema financeiro, incluindo recursos direcionados, financiamentos para pessoas jurídicas e para o setor público, alcançou 498,3 bilhões de reais, o equivalente a 26,7% do PIB. O BC explica que essa evolução do crédito, no entanto, esteve condicionada a fatores sazonais, especialmente a maior utilização de empréstimos pelas famílias, relacionada à concentração de compromissos financeiros no período (como depesas com a educação dos filhos e pagamento de impostos como o IPVA e IPTU).

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