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Bovespa cai mais de 3,5% com nervosismo nos EUA

Resultados decepcionantes de empresas reforçam a percepção de que a economia americana pode estar desacelerando mais do que o imaginado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em forte baixa hoje, acompanhando os mercados norte-americanos. Às 10h47, o Ibovespa recuava 3,69%, para 53.932 pontos. Na última terça-feira, a Bolsa paulista já havia perdido 3,86%, mas ontem deu sinais de recuperação e avançou 0,37%. A retomada do otimismo foi interrompida pela Bolsa de Nova York. O índice Dow Jones hoje cai 0,90%, para 13.659 pontos.

Estressa os investidores a percepção de que as perdas no mercado imobiliário americano podem ser maiores do que o imaginado e de que os bancos já começam a evitar a compra de papéis de alto risco porque já sofrem perdas com o aumento da inadimplência nos empréstimos.

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Além disso, a divulgação de resultados decepcionantes hoje por empresas como da petrolífera Exxon Mobil e da D.R. Horton (segunda maior construtora dos EUA) aumentam a percepção de que a economia mundial pode estar desacelerando mais rápido do que se imagina.

O lucro da Exxon no segundo trimestre caiu apenas 1%, para US$ 10,3 bilhões, mas foi a primeira vez que a empresa não conseguiu elevar seus ganhos em mais de três anos. Já a D.R. Horton teve um prejuízo de US$ 824 milhões, o primeiro de sua história.

Um indicador bastante aguardado hoje pelo mercado é das vendas de casas novas. Economistas acreditam que o indicador deve voltar a apontar queda, seguindo uma tendência já iniciada há vários meses. Caso a queda seja muito abrupta, entretanto, crescerá no mercado a aposta de que o setor só deverá se recuperar a partir de 2009.

O mercado imobiliário é muito importante para a economia dos EUA. Uma contração muito forte desse setor pode causar perdas excessivas para os bancos porque muitos empréstimos têm imóveis como garantias. Prejuízos bancários, por sua vez, costumam ser seguidos por redução nas linhas de crédito e desaceleração econômica mais generalizada.

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