Barclays nega intenção de venda do Banco Real
Instituição diz que não planeja vender o banco brasileiro para efetivar a compra do ABN Amro
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
O banco britânico Barclays negou nesta segunda-feira (21/5) qualquer plano de venda do Banco Real como parte da proposta de aquisição do holandês ABN Amro. Hoje, o jornal holandês Het Financieele Dagblad publicou a notícia de que, com a venda da unidade brasileira, a oferta do Barclays poderia superar a feita pelo consórcio formado pelos bancos Royal Bank of Scotland, Fortis e Santander.
"O Barclays não está engajado ou buscando negociações sobre qualquer venda de ativo relacionada à sua fusão recomendada com o ABN Amro", informou o presidente-executivo do banco britânico, John Varley, às agências internacionais.
O ABN Amro e o Barclays anunciaram a fusão de suas operações no mês passado, mas a concretização do negócio ainda depende da aprovação dos acionistas do banco holandês. O banco britânico ofereceu 63 bilhões de dólares pelo ABN, mas, em seguida, o consórcio fez uma proposta de 71 bilhões de euros pela instituição, despertando a atenção dos investidores que vislumbraram oportunidade para lucrar mais com a venda.
Caso o consórcio fique com o ABN, o banco poderá ser desmembrado entre os compradores, ficando o Santander com as operações da ABN no Brasil e na Itália; o Royal Bank of Scotland com o LaSalle Bank, maior instituição financeira de Chicago e forte no meio-oeste americano; e o Fortis com as operações na Holanda.
Já com a venda para o Barclays, o banco não seria desmembrado. Somente as operações nos Estados Unidos seriam separadas, com a venda do LaSalle para o Bank of America.
Com informações de agências internacionais.