Analistas de fundos de hedge serão obrigados a ter registro na SEC
A partir de agora, os analistas que recomendam fundos de hedge serão obrigados a ter um registro na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. A informação está num novo relatório da própria comissão, que com a medida pretende monitorar mais de perto a indústria de fundos de hedge, que movimenta algo como […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A partir de agora, os analistas que recomendam fundos de hedge serão obrigados a ter um registro na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. A informação está num novo relatório da própria comissão, que com a medida pretende monitorar mais de perto a indústria de fundos de hedge, que movimenta algo como 600 bilhões de dólares.
Segundo reportagem do The Wall Street Journal, a recomendação da SEC chega num momento oportuno. É cada vez maior o número de pequenos investidores que estão escolhendo tais fundos para investir - o que tornam maiores as chances de que eles venham a ser alvo de fraudes, na avaliação do órgão regulador.
Segundo estimativas de Paul Roye, diretor da divisão de gestão de investimentos da SEC, apenas um terço dos analistas que recomendam aplicações nos cerca de 6 000 fundos de hedge se registram na comissão voluntariamente. Roye também afirmou que a SEC não conhece bem os fundos - trata-se de um segmento pouquíssimo regulamentado - e que a estratégia da comissão é ter uma postura cautelosa para descobrir qual o comportamento desses fundos em relação às fraudes.
Com a exigência do registro, a comissão não poderá interferir na maneira como os fundos operam, mas poderá submeter os analistas a exames de rotina.
Fundos de hedge geralmente exigem investimento mínimo de 1 milhão de dólares. Com a recomendação da SEC aprovada, esse valor deverá subir para 1,5 milhão de dólares. Analistas questionam a capacidade da comissão de monitorar os fundos, mas William Donaldson, presidente do conselho da SEC, afirma que os registros detalhados darão subsídios para que a comissão mapeie áreas problemáticas.