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Ações da CSN podem cair de novo, dizem analistas

Corretoras consideram papéis da companhia siderúrgica rentáveis apenas para quem está disposto a investir a longo prazo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

Nesta quinta-feira (7/1), as ações ordinárias da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3, com direito a voto) estavam entre as mais negociadas no pregão. Às 17h30, elas registravam alta de 2,65%, para 57,69 reais. No mesmo período, o Ibovespa tinha queda de 0,26%, aos 70.266 pontos. Os papéis voltaram a subir depois de os acionistas da fabricante de cimento portuguesa Cimpor terem rejeitado ontem a oferta de compra no valor de 3,68 bilhões de euros feita pela CSN no dia 18 de dezembro do ano passado. A decisão seguiu a orientação do conselho de administração da Cimpor, que considerou a proposta “perturbadora”, entre outras qualificações.
Desde quando a companhia brasileira demonstrou interesse em comprar cada ação da empresa portuguesa por 5,75 euros, os papéis CSNA3 caíram 1,80%. A recuperação só veio com o comunicado da Cimpor, dizendo que a oferta era “incompleta e imprecisa”. Analistas da corretora Link Investimentos apostam em outra tentativa de compra hostil do presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, com uma oferta por um valor maior. “Se isso acontecer, a companhia deverá cobrir a alta das ações da Cimpor, que fecharam ontem com 6,50 euros, com alta de 1,06%”, diz o analista Leonardo Alves. “Em caso de outra oferta, as ações da CSN seriam penalizadas, porque o mercado não enxerga muitos ganhos de sinergias entra as duas empresas negociantes”, completa.

O cenário atual é semelhante ao de 2007, quando a CSN perdeu a disputa pela compra da siderúrgica anglo-holandesa Corus, o que criaria a 5ª maior empresa mundial no setor. Naquela época, a indiana Tata Steel  faturou o negócio com uma oferta de 11,3 bilhões de dólares em um leilão em Londres. O empresário Steinbruch se limitou a desembolsar 11,2 bilhões de dólares. "Apesar de ter feito uma oferta ousada pela Cimpor, o conselho da CSN sabe a hora que deve parar de negociar”, diz o analista da corretora XP Investimentos, William de Castro Alves. “Portanto, recomendamos aos investidores muita cautela na hora de vender as ações da CSN. A longo prazo, ela tem potencial de valorização, porque o setor de siderurgia e minério está em alta", completa.

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Para quem não quer se estressar com tantas oscilações da CSN, analistas da corretora XP recomendam ações da Gerdau (GOAU3) como alternativa de investimentos. A principal razão é o potencial de valorização dos papéis nos próximos anos. "A gestão ousada do governo Obama favorecerá o mercado internacional, com produção crescente das montadoras, que precisam de muito aço", diz William. "No Brasil, as oportunidades de crescimento de infra-estrutura e do setor de construção civil são extremamente favoráveis à companhia fabricante de aço", garante.

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