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ABN rejeita oferta de consórcio por banco nos EUA

O banco holandês considera mais atrativa proposta anteriormente apresentada pelo Bank of America apesar do valor mais baixo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

O banco holandês ABN Amro rejeitou a oferta de 24,5 bilhões de dólares apresentada por um consórcio formado pelos bancos Royal Bank of Scotland, Santander e Fortis para a compra do LaSalle Bank, que tem forte presença na região de Chicago (EUA). O ABN afirmou que não considerou a oferta "superior" a outra apresentada pelo Bank of America, que havia proposto pagar 21 bilhões de dólares para ficar com o LaSalle, informa hoje o Wall Street Journal. A oferta do consórcio tem como pré-condição a compra de toda a operação do ABN Amro enquanto a proposta do Bank of America é independente. Com a venda do LaSalle o banco britânico Barclays é que se interessaria pelas demais operações do ABN. Os dois bancos já chegaram inclusive a anunciar a fusão de suas operações, mas o acordo ainda depende da aprovação dos acionistas da instituição holandesa.
A disputa pelo ABN deve levar à maior transação já realizada no sistema financeiro mundial. O Barclays quer pagar 65,3 bilhões de euros em ações pelo banco holandês. Já o consórcio oferece até 72,2 bilhões de euros em dinheiro e ações. Também nesse caso a diretoria do ABN tem demonstrado preferência pela menor proposta. Os executivos argumentam que não sabem como será feito o financiamento da oferta nem demonstram interesse de que a instituição seja dividida. Segundo analistas, o Santander planeja ficar com as operações no Brasil (o Banco Real) e na Itália em caso de vitória. O Fortis ficaria com os negócios na Holanda e Bélgica. Já o Royal Bank of Scotland levaria as operações na maior parte da Europa, Ásia e principalmente o LaSalle nos EUA. Outra vantagem da proposta do Barclays é que boa parte dos atuais diretores do ABN poderiam continuar a trabalhar na instituição, o que não deve acontecer no caso da venda para o consórcio.
A maior parte dos acionistas minoritários, entretanto, defende a proposta do consórcio, que embute maior ganho em relação ao preço de suas ações. Um dos empecilhos para a vitória do consórcio, a venda do LaSalle para o Bank of America, foi temporariamente suspensa pela Justiça da Holanda a pedido dos minoritários porque o negócio não chegou a ser aprovado pelos acionistas. No dia seguinte, entretanto, o Bank of America pediu à Justiça de Nova York que bloqueie a venda do LaSalle para outra instituição. Uma nova assembléia extraordinária deve ser marcada em breve para que os acionistas do ABN possam se manifestar sobre a fusão com o Barclays. O banco holandês, entretanto, não deve colocar em pauta a aprovação da oferta do consórcio. Para analistas, as chances do consórcio são as mesmas que a do Barclays.

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O banco holandês ABN Amro rejeitou a oferta de 24,5 bilhões de dólares apresentada por um consórcio formado pelos bancos Royal Bank of Scotland, Santander e Fortis para a compra do LaSalle Bank, que tem forte presença na região de Chicago (EUA). O ABN afirmou que não considerou a oferta "superior" a outra apresentada pelo Bank of America, que havia proposto pagar 21 bilhões de dólares para ficar com o LaSalle, informa hoje o Wall Street Journal. A oferta do consórcio tem como pré-condição a compra de toda a operação do ABN Amro enquanto a proposta do Bank of America é independente. Com a venda do LaSalle o banco britânico Barclays é que se interessaria pelas demais operações do ABN. Os dois bancos já chegaram inclusive a anunciar a fusão de suas operações, mas o acordo ainda depende da aprovação dos acionistas da instituição holandesa.
A disputa pelo ABN deve levar à maior transação já realizada no sistema financeiro mundial. O Barclays quer pagar 65,3 bilhões de euros em ações pelo banco holandês. Já o consórcio oferece até 72,2 bilhões de euros em dinheiro e ações. Também nesse caso a diretoria do ABN tem demonstrado preferência pela menor proposta. Os executivos argumentam que não sabem como será feito o financiamento da oferta nem demonstram interesse de que a instituição seja dividida. Segundo analistas, o Santander planeja ficar com as operações no Brasil (o Banco Real) e na Itália em caso de vitória. O Fortis ficaria com os negócios na Holanda e Bélgica. Já o Royal Bank of Scotland levaria as operações na maior parte da Europa, Ásia e principalmente o LaSalle nos EUA. Outra vantagem da proposta do Barclays é que boa parte dos atuais diretores do ABN poderiam continuar a trabalhar na instituição, o que não deve acontecer no caso da venda para o consórcio.
A maior parte dos acionistas minoritários, entretanto, defende a proposta do consórcio, que embute maior ganho em relação ao preço de suas ações. Um dos empecilhos para a vitória do consórcio, a venda do LaSalle para o Bank of America, foi temporariamente suspensa pela Justiça da Holanda a pedido dos minoritários porque o negócio não chegou a ser aprovado pelos acionistas. No dia seguinte, entretanto, o Bank of America pediu à Justiça de Nova York que bloqueie a venda do LaSalle para outra instituição. Uma nova assembléia extraordinária deve ser marcada em breve para que os acionistas do ABN possam se manifestar sobre a fusão com o Barclays. O banco holandês, entretanto, não deve colocar em pauta a aprovação da oferta do consórcio. Para analistas, as chances do consórcio são as mesmas que a do Barclays.
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