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2005 será;ainda melhor;que 2004;para os bancos

Média maior da taxa Selic, combinada à persistência do crescimento econômico, vai favorecer as instituições financeiras e levá-las a superar resultados recordes registrados no ano passado, segundo analistas do Unibanco

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O ano de 2005 deve trazer resultados ainda melhores para os bancos do que 2004, na avaliação de analistas do Unibanco. Mantidas as condições atuais, a taxa Selic referência básica de juros da economia , deve começar a cair só a partir do meio do ano, de forma"lenta e gradual". Assim, os juros médios de 2005 serão superiores aos de 2004, que ficaram em 16,2% ao ano.

"A fase atual da economia traz uma característica que contraria um pouco a lógica de mercado", afirma a análise do Unibanco. "Estamos vivendo um período onde convivem aumentos da taxa básica de juros da economia e crescimento do volume de crédito." Mesmo com a Selic em alta, persiste o crescimento econômico, com aumento do emprego e da renda. Esse quadro é favorável aos bancos porque reduz a inadimplência e contribui para a expansão das carteiras. As receitas de prestação de serviços e de produtos de seguros e previdência crescem devido ao cenário macroeconômico e ao intenso trabalho de vendas empreendido pelas instituições financeiras.

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Assim, o desempenho histórico dos bancos em 2004 tem boas condições para ser superado em 2005 (leia reportagem sobre os resultados do Ita). As ações do Bradesco, Banco do Brasil e Itaú valorizaram 35%, 46% e 47%, respectivamente, no ano passado. Os analistas do Unibanco prevêm valorização durante este ano de 37%, 30% e 34%, respectivamente.

Inadimplência

Com base em dados de 2000 a 2004, o efeito da redução da inadimplência é mais significativo para queda dospread bancáriodo que o aumento na taxa de juros. Cada elevação de um ponto percentual na taxa Selic, corresponde uma elevação de 0,74 ponto no spread médio. A cada recuo de um ponto percentual na inadimplência, corresponde uma queda de 2,2 pontos percentuais no spread.

Portanto, a dinâmica que se consolidou ano passado e, segundo os economistas do Unibanco, deve prosseguir neste ano, é que o efeito positivo na redução da inadimplência (diretamente ligada à melhoria do emprego e da renda) mais do que compensa o efeito negativo dos aumentos dos juros. Com a queda do spread decorrente desse movimento, há aumento da demanda por crédito.

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