Petróleo sobe perto de US$ 86 com dados nos EUA

Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo são negociados em alta, reagindo a dados que mostraram o primeiro declínio nos estoques norte-americanos da commodity desde janeiro. Às 13h05 (de Brasília), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em maio negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) subia 2,20%, para US$ 85,90 por barril, com máxima de US$ 86,18 e mínima de US$ 83,71 ao longo da sessão. Em Londres, o contrato futuro do petróleo tipo Brent com vencimento em maio avançava 1,91%, para US$ 86,34 por barril.

O valor do barril caiu nas últimas cinco sessões devido a receios com a ampla oferta de combustíveis nos EUA. Os estoques norte-americanos de petróleo subiram por 10 semanas consecutivas, enquanto os estoques de gasolina do país atingiram no início de abril o maior nível em 17 anos para o período. Hoje, no entanto, um relatório do Departamento de Energia dos EUA (DOE) mostrou que os estoques de petróleo caíram 2,202 milhões de barris na semana encerrada em 9 de abril, contrariando a expectativa de analistas, que previam um crescimento de 1,1 milhão de barris.

Os estoques norte-americanos de gasolina encolheram 1,036 milhão de barris - mais do que a queda de 700 mil barris projetada pelos analistas -, enquanto os estoques de destilados, categoria que inclui o diesel e o óleo para calefação, subiram 1,107 milhões de barris - quase o dobro do previsto. "O mercado foi pego de surpresa após cinco dias consecutivos de vendas", disse Mike Zarembski, analista de commodities da OptionsXpress em Chicago. "Parece que todas as vezes em que o mercado tenta uma correção, algo surge para provocar uma alta", avaliou, acrescentando que o valor do barril pode tentar novamente cruzar a barreira dos US$ 90.

Outros dados apresentados pelo DOE mostraram que o volume fornecido de derivados de petróleo nas quatro semanas encerradas em 9 de abril subiu 2,4% em relação a igual período do ano passado. O indicador, calculado com base no volume de derivados da commodity que saiu das refinarias e de outras usinas de processamento, representa de forma aproximada o consumo de combustíveis nos EUA. As informações são da Dow Jones.