São Paulo - A Itália ocupa os holofotes ao testar nesta sexta-feira 13 o apetite do mercado em relação a seus títulos de longo prazo pela primeira vez em 2012, com uma oferta de até 4,75 bilhões de euros nesta manhã, incluindo vencimentos do seu benchmark de três anos.

A demanda doméstica, induzida pelo financiamento barato do Banco Central Europeu (BCE), permitiu que a Itália levantasse a quantia máxima planejada. O país vendeu seus bônus referenciais de três anos a um rendimento médio de 4,83 por cento nesta sexta-feira, contra juro de 5,62 por cento em um leilão realizado há apenas duas semanas.

Foi o menor yield no título de três anos desde setembro do ano passado. O sucesso no leilão de dívida da Espanha na véspera corroborava uma expectativa positiva para a operação, com agentes aguardando se haverá também uma forte demanda pelos papéis italianos.

Às 8h45, o índice europeu FTSEurofirst 300 subia 0,42 por cento, enquanto o euro desvalorizava-se 0,36 por cento, a 1,2777 dólar. O futuro do norte-americano S&P 500, por sua vez, recuava 0,17 por cento, reflexo de cautela antes de dados dos Estados Unidos de confiança do consumidor, preços de importados e balança comercial, após indicadores esfriarem o otimismo com a economia norte-americana na véspera.

Também deve ser monitorado o resultado trimestral do JPMorgan Chase & Co. O MSCI para ações globais ganhava 0,38% e para emergentes, 0,59 por cento. O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava acréscimo de 0,77 por cento.

Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 1,36%. O índice da bolsa de Xangai terminou com declínio de 1,34 por cento, após o banco central chinês informar as reservas internacionais da China diminuíram em 20,6 bilhões de dólares no quarto trimestre, para 3,18 trilhões de dólares.

Projeções apuradas pela Reuters apontavam estabilidade das reservas no final de dezembro em relação ao final de terceiro trimestre, quando atingiu 3,2 trilhões de dólares.

O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, operava em alta de 0,21 por cento. Em relação ao iene, o dólar cedia 0,1 por cento, a 76,67 ienes. No caso das commodities, o petróleo do tipo Brent aumentava 0,58 por cento em Londres, a 111,91 dólares, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York subia 0,32 por cento, a 99,42 dólares.

A pauta brasileira destaca o emprego na indústria do lado macroeconômico, enquanto a cena corporativa deve repercutir anúncios realizados no final da quinta-feira, como a revisão das estimativas de sinergias esperadas como resultado da fusão das companhias aéreas brasileira TAM e a chilena LAN.

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Veja como fecharam os principais mercados nesta quinta-feira: 

CÂMBIO O dólar saiu a 1,7845 real, em queda de 0,93 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA O Ibovespa caiu 0,07 por cento, para 59.920 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,1 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS Às 18h21 (horário de Brasília), o índice dos principais ADRs brasileiros subia 1,17 por cento, a 31.466 pontos. JUROS <0#2DIJ:> Os contratos de DI exibiram alta, com o DI janeiro de 2013 em 10,050 por cento ao ano ante 10,010 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,2827 dólar, ante 1,2706 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 132,063 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,726 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS O risco Brasil caía 6 pontos, para 227 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 7 pontos, a 381 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones subia 0,2 por cento, o S&P 500 tinha alta de 0,24 por cento e o Nasdaq registrava variação positiva de 0,5 por cento.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 1,77 dólar, ou 1,75 por cento, a 99,10 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,9246 por cento ante 1,905 por cento no fechamento anterior.