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Juros futuros fecham em alta, com forte volume de negócios

Após abertura indefinida na BM&F, contratos reagiram ao aumento do nível de emprego da indústria paulista em março

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - As projeções das taxas de juros a partir dos contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) voltaram a subir hoje, após encerrarem a sessão anterior entre a queda e a estabilidade. A agenda foi fraca de eventos e indicadores, mas o mercado teria aproveitado os dados da pesquisa de emprego industrial da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para elevar os prêmios dos contratos de DI.

Ao término da negociação normal na BM&F, o volume de contratos negociados era robusto. O DI com vencimento em janeiro de 2011 (417.045 contratos negociados hoje) projetava taxa de 10,57% ao ano, de 10,52% no ajuste de ontem; o DI com vencimento em julho de 2010 (234.270 contratos negociados) subia a 9,339% ao ano, de 9,31% ontem; e o DI de janeiro de 2012 (127.925 contratos negociados) avançava a 11,80% ao ano, de 11,74% ontem.

Dada a crescente expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, poderá ser mais firme no ajuste de alta da taxa Selic no final deste mês, elevando a taxa básica em 0,75 ponto porcentual, para 9,5% ao ano, os investidores parecem incomodados em manter-se aplicados em juros e, em dia de agenda fraca, o ajuste das taxas acaba sendo para cima.

Após uma abertura sem direção definida, os contratos futuros de DI hoje entraram em rota mais firme de avanço a partir do anúncio dos números da Fiesp, no final da manhã, que reforçaram a percepção de retomada consistente da economia. O nível de emprego da indústria paulista subiu 1,37% em março ante fevereiro, com ajuste sazonal. No cálculo, sem ajuste sazonal, o emprego aumentou 2,05% em março. No total, a indústria paulista criou 45 mil postos de trabalho no mês passado.

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