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Ibovespa e dólar seguem voláteis; OGX é destaque na bolsa

Inflação continua no radar e prognóstico para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo em 2011 sobe para 6,52%

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2011 às 14h39.

São Paulo – A mesma volatilidade observada na semana anterior parece continuar ditando os rumos do Ibovespa nesta segunda-feira. O principal índice da bolsa brasileira chegou a abrir o primeiro pregão da semana com ganhos, mas logo cedeu à aversão ao risco e operava em queda de 1,5% na mínima do dia, aos 52.398 pontos. Em setembro, o Ibovespa registra uma desvalorização de 6,5% e, no ano, a queda chega a 23,7%.

As bolsas europeias operavam bem sustentadas e com alta superior a 1%, com as ações dos bancos franceses em franca recuperação.

O dólar comercial também apresenta movimento indefinido. A moeda americana abriu em queda de 0,92%, cotada a 1,825 real, mas foi galgando degraus até inverter a trajetória nos minutos seguintes. Na máxima, o dólar subia 0,7%, valendo 1,860 real.

A agenda do dia revelou que o mercado financeiro passou a prever o descumprimento da meta de inflação neste ano, após a redução dos juros e a alta do dólar, mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.

O prognóstico para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2011 subiu de 6,46% na semana anterior para 6,52%. A alta foi a sexta consecutiva.

A projeção do ano que vem foi revista pela quarta vez seguida, de 5,50% para 5,52%. A meta de inflação do governo é de 4,5% ao ano, com dois pontos percentuais de tolerância.

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OGX

As ações ordinárias da OGX (OGXP3) despontavam entre os destaques de valorização do Ibovespa. Na máxima do dia, os papéis subiam 2,2%, negociados a 11,97 reais. No ano, as ações da petroleira registram queda de 40%.

O bilionário Eike Batista disse na sexta-feira que sua empresa petrolífera OGX não está mais interessada em vender participações em campos petrolíferos marítimos, e planeja assinar dentro de um mês um contrato de fornecimento para uma grande empresa global do setor.

Depois de emitir 2,6 bilhões de dólares em papéis neste ano, a OGX não precisará vender participações nos seus campos, o que supostamente teria atraído o interesse das estatais chinesas Sinopec e CNOOC, disse Eike, homem mais rico do Brasil e oitavo mais rico do mundo segundo o ranking da revista Forbes.


PortX e MMX

A PortX Operações Portuárias (PRTX3) e a MMX Mineração e Metálicos (MMXM3), empresas também controladas pelo bilionário Eike Batista, querem dobrar a capacidade do Superporto Sudeste dos atuais 50 milhões de toneladas para 100 milhões de toneladas de minério por ano, segundo comunicado.

As empresas entraram com protocolo de Estudo de Impacto Ambiental - Relatório de Impacto Ambiental junto ao Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro com este pedido.

No início da tarde, as ações ordinárias da PortX registravam queda de 2,6%, negociadas a 2,60 reais. Os papéis da MMX também operavam no vermelho, com uma desvalorização de 2,1%, valendo 7,14 reais.

Lopes

A consultoria de imóveis LPS Brasil (LPSB3), a Lopes, anunciou que firmou contrato para comprar 51% da consultoria imobiliária Itaplan. As ações ordinárias da companhia chegaram a valorizar 2,2%, negociadas a 30,68 reais.

O valor estimado da operação é de 29,17 milhões de reais. O montante será parcelado e inicialmente a Lopes pagará 7,63 milhões de reais e daqui a seis meses 3 milhões de reais. O restante será quitado em três parcelas anuais variáveis.

Segundo Fábio Rossi Filho, diretor presidente da Itaplan, a aquisição vai permitir que a consultoria consiga crescer substancialmente nos próximos anos.

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