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Dólar recua com volatilidade no mercado externo

As bolsas europeias reduziram as perdas iniciais e os índices acionários nos Estados Unidos abriram com leves altas

Notas de dólar (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 11h03.

São Paulo - O euro retomou rapidamente nesta quinta-feira o patamar de US$ 1,27 abandonado mais cedo e esse movimento influenciou os negócios com câmbio doméstico. Simultaneamente, as bolsas europeias reduziram as perdas iniciais e os índices acionários nos Estados Unidos abriram com leves altas, em meio à estabilidade dos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA na semana passada. O aparente alívio, porém, foi passageiro e as bolsas em Nova York já voltam a ceder e o euro a perder força ante o dólar, trazendo volatilidade aos mercados no Brasil.

Assim, após abrir em alta de 0,30%, cotado a R$ 2,0070, e de subir até R$ 2,0080, o dólar à vista no balcão virou rapidamente para o campo negativo, caindo abaixo de R$ 2,00, para R$ 1,9950 (-0,30%), na mínima até o momento. ÀS 10h48, o pronto no balcão recuava 0,05%, a R$ 2,00.

Na BM&F, o dólar spot também caiu até 0,15%, a R$ 1,9962, na mínima, após abrir na máxima, de R$ 2,0051, com ganho de 0,30%. O dólar para junho de 2012, por sua vez, estava às 10h48 em R$ 2,0055 (-0,07%), após testar piso de R$ 2,0010, com baixa de 0,30%, ante alta até R$ 2,0140 (+0,35%, na máxima.

ÀS 10h35, o euro estava em 1,2706, após tocar máxima de US$ 1,2751, ante US$ 1,2716 do fim da tarde de quarta-feira. Na mínima, mais cedo, a moeda única bateu em US$ 1,2667, reagindo ao tom pessimista das notícias sobre a zona do euro, principalmente relacionadas à Espanha.

Há pouco, as bolsas europeias e em Nova York reduziram suas perdas, reagindo aos dados sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA. O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego não mudou na semana até 12 de maio e permaneceu em 370 mil, após ajustes sazonais. Os economistas esperavam queda de 1 mil solicitações, para 366 mil. O número de solicitações da semana anterior foi revisado em alta para 370 mil, de 367 mil informados anteriormente.

Contudo, o agravamento das expectativas sobre a situação europeia não permite a remoção do clima negativo dos mercados por muito tempo. Isso porque, hoje, a contração de 0,3% do PIB da Espanha no primeiro trimestre e de -0,4% em bases anuais e a expectativa de corte de rating de vários bancos do país pela agência Moody's nas próximas horas elevam a aversão ao risco entre os investidores.

A recessão na Espanha corrobora o temor de que o país seja o próximo da fila, depois da Grécia, a eventualmente sair da zona do euro, caso não cumpram seus compromissos de austeridade fiscal. Após deixar na quarta-feira o cargo de primeiro-ministro interino da Grécia, Lucas Papademos disse nesta quinta-feira que a saída da zona do euro seria um desastre econômico e uma derrota estratégica para o país. Ele pediu ao povo grego que mantenha o doloroso programa de reformas que seu governo negociou com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O agravamento da situação europeia também sugere uma possível nova rodada de afrouxamento monetário pelo mundo. A expectativa é de que o Banco Central Europeu poderá cortar os juros, dos atuais 1% para 0,5% em junho; o Banco da Inglaterra poderá retomar o relaxamento quantitativo no segundo semestre; e o Federal Reserve norte-americano também já sinalizou que se a situação se agravar na Europa, poderá promover um terceiro programa de afrouxamento quantitativo. No Brasil, o mercado também dá como certa a continuidade da queda da taxa Selic para estimular a atividade econômica.

Nesta quinta-feira, o governo espanhol fez um leilão com resultado dentro do esperado. Foram colocados 2,494 bilhões de euros em títulos, que pagaram juros mais elevados. Ainda assim, depois do leilão, o custo do seguro da dívida da Espanha contra default diminuiu, embora a insegurança com a possibilidade de ruptura na zona do euro persista.

O spread (prêmio) dos swaps de default de crédito (CDS) de cinco anos do país, que havia subido 3 pontos-base logo após a abertura dos negócios na Europa, recuou para 538 pontos-base, operando estável em relação ao fechamento de ontem, segundo dados da Markit.

Em Madri, o primeiro-ministro Mariano Rajoy anuncia nesta quinta-feira os planos de gastos de seu governo para as regiões autônomas do país. Em Paris, o novo presidente da França, François Hollande, preside a primeira reunião de seu governo.

Nos Estados Unidos, o aumento em US$ 1 bilhão, de US$ 2 bilhões para US$ 3 bilhões, das perdas comerciais sofridas pelo JPMorgan Chase, relatada na quarta-feira, pode piorar as posições do banco no mercado de crédito, adicionando inquietação nos mercados.

São Paulo - O euro retomou rapidamente nesta quinta-feira o patamar de US$ 1,27 abandonado mais cedo e esse movimento influenciou os negócios com câmbio doméstico. Simultaneamente, as bolsas europeias reduziram as perdas iniciais e os índices acionários nos Estados Unidos abriram com leves altas, em meio à estabilidade dos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA na semana passada. O aparente alívio, porém, foi passageiro e as bolsas em Nova York já voltam a ceder e o euro a perder força ante o dólar, trazendo volatilidade aos mercados no Brasil.

Assim, após abrir em alta de 0,30%, cotado a R$ 2,0070, e de subir até R$ 2,0080, o dólar à vista no balcão virou rapidamente para o campo negativo, caindo abaixo de R$ 2,00, para R$ 1,9950 (-0,30%), na mínima até o momento. ÀS 10h48, o pronto no balcão recuava 0,05%, a R$ 2,00.

Na BM&F, o dólar spot também caiu até 0,15%, a R$ 1,9962, na mínima, após abrir na máxima, de R$ 2,0051, com ganho de 0,30%. O dólar para junho de 2012, por sua vez, estava às 10h48 em R$ 2,0055 (-0,07%), após testar piso de R$ 2,0010, com baixa de 0,30%, ante alta até R$ 2,0140 (+0,35%, na máxima.

ÀS 10h35, o euro estava em 1,2706, após tocar máxima de US$ 1,2751, ante US$ 1,2716 do fim da tarde de quarta-feira. Na mínima, mais cedo, a moeda única bateu em US$ 1,2667, reagindo ao tom pessimista das notícias sobre a zona do euro, principalmente relacionadas à Espanha.

Há pouco, as bolsas europeias e em Nova York reduziram suas perdas, reagindo aos dados sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA. O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego não mudou na semana até 12 de maio e permaneceu em 370 mil, após ajustes sazonais. Os economistas esperavam queda de 1 mil solicitações, para 366 mil. O número de solicitações da semana anterior foi revisado em alta para 370 mil, de 367 mil informados anteriormente.

Contudo, o agravamento das expectativas sobre a situação europeia não permite a remoção do clima negativo dos mercados por muito tempo. Isso porque, hoje, a contração de 0,3% do PIB da Espanha no primeiro trimestre e de -0,4% em bases anuais e a expectativa de corte de rating de vários bancos do país pela agência Moody's nas próximas horas elevam a aversão ao risco entre os investidores.

A recessão na Espanha corrobora o temor de que o país seja o próximo da fila, depois da Grécia, a eventualmente sair da zona do euro, caso não cumpram seus compromissos de austeridade fiscal. Após deixar na quarta-feira o cargo de primeiro-ministro interino da Grécia, Lucas Papademos disse nesta quinta-feira que a saída da zona do euro seria um desastre econômico e uma derrota estratégica para o país. Ele pediu ao povo grego que mantenha o doloroso programa de reformas que seu governo negociou com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O agravamento da situação europeia também sugere uma possível nova rodada de afrouxamento monetário pelo mundo. A expectativa é de que o Banco Central Europeu poderá cortar os juros, dos atuais 1% para 0,5% em junho; o Banco da Inglaterra poderá retomar o relaxamento quantitativo no segundo semestre; e o Federal Reserve norte-americano também já sinalizou que se a situação se agravar na Europa, poderá promover um terceiro programa de afrouxamento quantitativo. No Brasil, o mercado também dá como certa a continuidade da queda da taxa Selic para estimular a atividade econômica.

Nesta quinta-feira, o governo espanhol fez um leilão com resultado dentro do esperado. Foram colocados 2,494 bilhões de euros em títulos, que pagaram juros mais elevados. Ainda assim, depois do leilão, o custo do seguro da dívida da Espanha contra default diminuiu, embora a insegurança com a possibilidade de ruptura na zona do euro persista.

O spread (prêmio) dos swaps de default de crédito (CDS) de cinco anos do país, que havia subido 3 pontos-base logo após a abertura dos negócios na Europa, recuou para 538 pontos-base, operando estável em relação ao fechamento de ontem, segundo dados da Markit.

Em Madri, o primeiro-ministro Mariano Rajoy anuncia nesta quinta-feira os planos de gastos de seu governo para as regiões autônomas do país. Em Paris, o novo presidente da França, François Hollande, preside a primeira reunião de seu governo.

Nos Estados Unidos, o aumento em US$ 1 bilhão, de US$ 2 bilhões para US$ 3 bilhões, das perdas comerciais sofridas pelo JPMorgan Chase, relatada na quarta-feira, pode piorar as posições do banco no mercado de crédito, adicionando inquietação nos mercados.

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