São Paulo - O dólar se depreciava ante ao real na manhã desta segunda-feira, após a acentuada alta da última sessão, mas ainda refletia um tom de insegurança no mercado local e internacional.

Às 10h57 (horário de Brasília), a divisa dos Estados Unidos era negociada a 1,599 real para venda, em baixa de 0,25 por cento . Na sexta-feira, o dólar avançou 0,94 por cento.

Em relação a uma cesta de moedas, o dólar caía 0,18 por cento. As oscilações eram contidas, porém, com cautela antes da votação de um pacote de medidas de aperto fiscal na Grécia.

Se não aprovar o plano do governo, o Parlamento grego colocará em risco o recebimento de uma nova parcela de empréstimos externos. O país tem obrigações de dívida a pagar no mês que vem e luta para evitar um calote.

"A instabilidade lá fora permanece, o euro está flutuando", observou Alfredo Barbutti, economista-chefe da BCG Liquidez. O euro subia 0,25 por cento, a 1,4225 dólar.

Aqui, o Banco Central anunciou que realiza às 18h uma pesquisa de demanda para um eventual leilão de swap cambial reverso na terça-feira.

Nos últimos meses, o BC deixou a operação para o último dia do mês, mas desta vez antecipou a intervenção. Para Barbutti, isso sugere um desejo maior de rolagem de contratos, já que o leilão de maio terminou sem nenhuma proposta aceita.

"Tem incerteza lá fora e você tem aqui essa dúvida de se o BC vai ou não colocar o swap", disse. "(O BC) está insinuando que vai tentar rolar", avalia o economista.

Enquanto isso, a aposta dos investidores estrangeiros contra o dólar continuava alta. Segundo dados mais recentes da BM&F Bovespa, os estrangeiros detinham mais de 20 bilhões de dólares em posições vendidas em contratos de dólar futuro e de cupom cambial (DDI).