São Paulo - A corretora Ágora iniciou nesta quarta-feira (12) cobertura das ações da petrolífera HRT Participações recomendando compra. Na avaliação do papel, a instituição destacou os pontos fortes da companhia e o setor promissor, mas sublinhou os obstáculos que a empresa pode enfrentar com seus projetos, principalmente na Namíbia, que teriam maior nível de risco.

O preço-alvo definido pelo analista é de 1.950 reais por ação até dezembro deste ano, um cálculo que já incorpora as incertezas dos ativos da empresa. “No Brasil, estão localizados na região da Amazônia, e na Namíbia, em áreas pouco desenvolvidas economicamente e sujeitas a um maior risco regulatório”.

Entre os obstáculos, a corretora argumenta que  a empresa pode não encontrar petróleo e gás natural de forma econômica em seus blocos de exploração, ou encontrar menos recursos do que o esperado. “O início de produção comercial pode atrasar, afetando o fluxo de caixa da empresa, também. Ambos os blocos apresentam desafios logísticos, operacionais e ambientais”, afirma.

A avaliação do papel atribui o preço de 1 dólar por barril para o petróleo da Namíbia, e atribui risco adicional para o fluxo de caixa do petróleo da Bacia de Solimões. Segundo a agência certificadora D&M, a HRT possui cerca de 2,1 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em recursos estimados (70% óleo e 30% gás natural). Entretanto, como os estudos sísmicos são antigos e não cobriram todas as áreas, a HRT pode ter reservas maiores do que esta estimativa, destaca o relatório.

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