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Recebíveis: o impulso que as PMEs precisam para crescer no Brasil

Ampliação do crédito via recebíveis pode disponibilizar bilhões para pequenas e médias empresas

Uso de recebíveis como garantia: ferramenta essencial para que as PMEs possam transformar seus fluxos financeiros em garantias confiáveis (Ali Kerem/Getty Images)

Uso de recebíveis como garantia: ferramenta essencial para que as PMEs possam transformar seus fluxos financeiros em garantias confiáveis (Ali Kerem/Getty Images)

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Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 11h00.

Última atualização em 16 de dezembro de 2024 às 15h07.

O acesso ao crédito no Brasil sempre foi um desafio, especialmente para as pequenas e médias empresas (PMEs). Com altas taxas de juros, burocracia e exigências complexas de garantias como bens e imóveis, o crédito muitas vezes se torna inacessível para empresas de menor porte. No entanto, esse cenário começou a mudar com a implementação de um sistema que permite o uso de recebíveis como garantia, oferecendo uma nova via de crédito mais acessível e segura.

A obrigatoriedade do registro de recebíveis de cartões em 2021 trouxe uma mudança importante para o mercado, oferecendo mais transparência e, consequentemente, maior segurança para os financiadores. Com isso, as PMEs puderam passar a ter mais acesso ao crédito e os riscos para os ofertantes de crédito diminuíram substancialmente com um sistema que garante a existência e veracidade da garantia e “fonte da verdade” interoperando.

De acordo com Fernando Fontes, CEO e Fundador da CERC, cerca de 35% do mercado de crédito ainda está fora do controle dos grandes conglomerados financeiros, o que reforça a relevância da ampliação da oferta de crédito com base no registro de títulos. Esse dado mostra uma oportunidade clara para o crescimento do crédito descentralizado, que tem sido facilitado com o registro de recebíveis. Nesse contexto, a CERC, especialista no registro de recebíveis no Brasil, tem desempenhado um papel fundamental na dinamização do mercado. Desde a implementação do novo modelo de registro de recebíveis de cartão, o volume de antecipação financeira cresceu mais de 100% e a base de clientes atendidos aumentou em 50%.

Em outubro de 2024, a empresa alcançou um marco histórico de R$ 5 trilhões em recebíveis de cartões registrados, o que representa um crescimento de 3,5 vezes nos últimos três anos. “Desde o começo sabíamos que nosso propósito era viabilizar a ampliação da oferta de crédito por meio de recebíveis, e hoje, esse marco confirma que estamos no caminho certo”, comenta Fontes.

Outro instrumento estratégico para o crédito das PMEs é a duplicata escritural, que movimenta mais de R$ 11 trilhões por ano. Historicamente dominado por grandes bancos, esse mercado enfrentava dificuldades na verificação do lastro das duplicatas. Com o registro eletrônico, a verificação do lastro passou a ser mais confiável, o que potencializará ainda mais o acesso ao crédito para pequenas e médias empresas. Segundo Fontes, o registro de duplicatas eletrônicas alavanca o crescimento das fintechs de crédito para PMEs, cria novas oportunidades de financiamento e melhora o acesso ao capital.

A CERC, que atualmente detém cerca de 70% do mercado em número de credenciadoras e subcredenciadoras, o que equivale a 20% em termos de valor de recebíveis registrados, lidera a transformação desse setor. A expansão da atuação da empresa com novas soluções de inteligência de dados já vem movimentando o mercado de recebíveis e beneficia especialmente pequenos e médios negócios, que têm tido mais oportunidades para antecipar seus recebíveis.

O uso de recebíveis como garantia se tornou uma ferramenta essencial para que as PMEs possam transformar seus fluxos financeiros em garantias confiáveis e, por consequência, em capital econômico. O novo modelo abriu caminho para uma oferta de crédito mais acessível e com taxas de juros menores, uma vez que os financiadores têm maior segurança no processo. Isso torna o crescimento dessas empresas mais viável e traz oportunidades incrementais para o impulso do desenvolvimento econômico do país.

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