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Normalmente uma das datas mais importantes para o varejo brasileiro, nem o Natal escapou da crise econômica pela qual passa o país. De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), o Natal de 2016 viu uma queda nas vendas de 3%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Desde o início das medições da entidade, em 2004, nunca um resultado foi tão negativo.
O resultado foi positivo para pelo menos um segmento do varejo, o comércio eletrônico. Segundo pesquisa da Ebit, empresa especializada em varejo digital, o setor faturou 7,7 bilhões de reais no período do Natal, um crescimento de 3,8% em relação à 2015.A consolidação da Black Friday no Brasil, megaliquidação online que acontece no fim de novembro, é uma das principais responsáveis pelo bom resultado.
“Os consumidores estão migrando para as compras online. E, mesmo com a crise, o e-commerce continua crescendo no Brasil”, afirma Mauricio Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O potencial de crescimento do varejo online está diretamente associado ao aumento da influência do meio digital na hora da decisão de compra. Um levantamento do Google mostra que 90% dos usuários de smartphones, por exemplo, iniciam pesquisas de compra sem ter certeza de qual marca pretendem adquirir.
Para se destacarem, é fundamental que as lojas online ofereçam uma boa experiência para os usuários, e isso inclui estar presente em todos os dispositivos.
Os consumidores estão cada vez mais multicanais. Ainda de acordo com o Google, 61% dos usuários de internet começam uma compra em um dispositivo e continuam ou finalizam o processo em outro. “Como a experiência de leitura e interação é muito diferente em cada dispositivo, as lojas online devem tratar os usuários de forma distinta no smartphone e no computador”, afirma Salvador. “As empresas precisam se posicionar bem digitalmente, se relacionar e aprender a atrair clientes pela internet. Se não fizerem, terão mais dificuldades para crescer.”
Um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas mostrou que cerca de 30% dos brasileiros pretendiam comprar presentes de Natal em lojas virtuais. A internet vem se tornando a chave para um bom resultado em meio à crise. Para saber mais, clique aqui.