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Concessões irão dobrar o número de ferrovias no Brasil

Uma das principais iniciativas do governo federal para tornar o setor de transportes mais eficiente, o Programa de Investimentos em Logística (PIL), lançado em agosto do ano passado, prevê a construção e a remodelação de 11 000 quilômetros de linhas férreas em 13 trechos, espalhados pelas cinco regiões do país

NOVAS LINHAS: custo estimado de 100 bilhões de reais (Divulgação / GE)

NOVAS LINHAS: custo estimado de 100 bilhões de reais (Divulgação / GE)

Uma das principais iniciativas do governo federal para tornar o setor de transportes mais eficiente, o Programa de Investimentos em Logística (PIL), lançado em agosto do ano passado, prevê a construção e a remodelação de 11 000 quilômetros de linhas férreas em 13 trechos, espalhados pelas cinco regiões do país. A previsão é de que os primeiros leilões de concessão ocorram ainda este ano.

Com um custo estimado de 100 bilhões de reais, as licenças valem por um prazo de 30 anos e devem elevar para 40 000 quilômetros a malha férrea do país. Hoje, a extensão total das ferrovias brasileiras é de 28 600 quilômetros, sendo 5 500 deles subutilizados ou sem tráfego de cargas.

Ferrovias ligadas a portos – Uma das principais limitações logísticas do país – a falta de conexão dos portos com as ferrovias – poderá ser solucionada com o plano de concessão. O programa prevê a construção de ramais ferroviários, ligando grandes áreas de mineração e produção agrícola a regiões portuárias, agilizando a exportação de mercadorias.

Um exemplo é o trecho entre Açailândia, no Maranhão, e Vila do Conde, no Pará, que será uma extensão da Ferrovia Norte-Sul e poderá ser usado como alternativa para o transporte de minério de ferro, açúcar, soja e seus derivados. Uma das vantagens do complexo paraense é sua posição estratégica, no norte do país, mais próximo de portos da Europa e dos Estados Unidos.

Parcerias bem-vindas – Rodrigo Vilaça, presidente executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), concorda com a iniciativa do governo de ampliar a extensão da malha ferroviária e defende que o setor seja contemplado com projetos de parceria público-privada. “As parcerias podem reduzir em até 40% o tempo médio de construção de novas ferrovias”, diz Vilaça. O período para construir 500 quilômetros de linhas férreas também passaria de cinco para três anos.

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