Avenida Paulista, em São Paulo: emendas no asfalto (iStockphoto)
Calçadas precárias, obstáculos em vias irregulares, inexistência de vagas especiais, faixa de pedestres sem a devida sinalização. Esses são apenas alguns dos problemas que a população enfrenta para se locomover nos grandes centros urbanos e obrigam, muitas vezes, pessoas com dificuldade de locomoção a se arriscar em percursos alternativos. Numa tentativa de melhorar a acessibilidade e a inclusão em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis (SC) e Anápolis (GO), o aplicativo Rota Acessível permite que os usuários relatem assuntos relacionados à acessibilidade nos trechos que percorrem diariamente.
Disponível nos sistemas operacionais iOS e Android, o programa já foi baixado mais de 500 vezes desde que foi lançado, no fim ano passado. Para fazer um registro, basta que o usuário fotografe o problema e dê seu relato. Questões relacionadas a buracos e calçadas estreitas correspondem a mais da metade das reclamações. Todos os dados coletados pelo sistema são enviados para uma plataforma na nuvem, onde fotos, categorias, mapas e comentários ficam armazenados.
Uma das parceiras do projeto, a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) passou a mapear os pontos críticos em torno de seus próprios edifícios e recrutou voluntários para ajudar nessa missão. No futuro, os criadores do aplicativo esperam usá-lo como um canal colaborativo entre a população e as autoridades para que os problemas sejam sanados com mais rapidez.