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Na solução para a Unimed-Rio, um alívio para Dasa e Oncoclínicas 

Cooperativa vai transferir toda carteira para Unimed Ferj, o que deve resolver estresse financeiro para empresas parceiras

Unimed-Rio: migração da carteira para Unimed Ferj deu gás para ações da Dasa e da Oncoclínicas (UNIMED/Divulgação)
Unimed-Rio: migração da carteira para Unimed Ferj deu gás para ações da Dasa e da Oncoclínicas (UNIMED/Divulgação)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 6 de março de 2024 às 19:07.

Última atualização em 6 de março de 2024 às 19:08.

Além dos beneficiários, que temiam a interrupção da prestação de serviços, a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de repassar todos os mais de 450 mil clientes da encrencada Unimed-Rio para a Unimed Ferj (Unimed do Estado do Rio de Janeiro) trouxe um alívio também para Oncoclínicas e Dasa 

Ambas têm parcerias comerciais relevantes com a Unimed-Rio – que, no caso da rede de tratamento oncológico, chega a 15% da receita – e o risco de quebra ou inadimplência era visto como um risco relevante para os papéis.   

A notícia, divulgada no fim da tarde de ontem, fez os papéis de Oncoclínicas e Dasa dispararem mais de 4% no pregão de hoje, sinalizando que os investidores estão confiantes de que as parcerias devem não só continuar, como ganhar mais força e garantias com a entrada da Ferj em jogo.  

Em relatório, analistas do BTG (do mesmo grupo de controle da EXAME) indicam, com base em fontes da indústria, que os acordos de exclusividade devem ser mantidos, junto com a dívida e os recebíveis.  

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Na prática, a Unimed-Rio deve se manter como contraparte nas joint ventures formadas com as empresas, mas agora como prestadora de serviço e não mais como operadora, status que foi retirado com a decisão de ontem da ANS.  

“Vemos esse desenrolar como marginalmente positivo para a Oncoclínicas”, dizem em relatório. Além disso, a Unimed Rio, agora prestadora de serviços para a Unimed Ferj, seguirá com participação em joint-ventures com a Oncoclínicas.   

Embora os termos sobre a manutenção das parcerias não estejam claros, a equipe da XP acrescenta que a Oncoclínicas deve ser a melhor parceira da Unimed Ferj mesmo após o término do processo de transição, “pois sua escala e presença no Rio de Janeiro conferem ao prestador uma vantagem em termos de custos e resultados do tratamento”.  

A Dasa tinha firmado um acordo de 10 anos com a Unimed-Rio para ser a rede preferencial para realização de exames do grupo, em abril do ano passado, por R$ 170 milhões.  

 No primeiro semestre de 2023, a Unimed-Rio acumulou um prejuízo operacional de pouco mais de R$ 800 milhões, uma luz amarela constantemente acessa entre seus prestadores de serviço e fornecedores.  

O prejuízo foi destaque, inclusive, na ata da reunião de conselho da Dasa quando a empresa de medicina diagnóstica firmou, em abril passado, um acordo de exclusividade com a cooperativa.  

A transferência dos beneficiários para a Ferj começa a acontecer em abril, mas ainda não há um cronograma definido.  Pela proposta, a Unimed Ferj também assumirá a gestão da operação relacionada, tornando-se a maior representante do Sistema Unimed no estado.  

 Quando a migração ocorrer, todas as condições contratadas pelos beneficiários, incluindo a rede assistencial, serão integralmente mantidas pela Unimed Ferj, informaram as duas administradoras em nota.  

A Ferj ficará responsável pela dívida e vai contratar da Unimed-Rio “todos os serviços operacionais para suportar essa fase de transição de transferência de carteira ao longo de 2024, de acordo com a necessidade a ser apontada pela Unimed Ferj”, diz a nota.   

Procuradas, Dasa afirmou que não irá comentar e Oncoclínicas não respondeu até a conclusão desta reportagem.   

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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