COP29 aprova US$ 300 bi para financiamento climático após muito impasse
Após críticas à modesta meta de US$ 250 bi anuais, divulgada no rascunho do acordo final, países desenvolvidos ampliaram valor para US$ 300 bi; fim das tratativas deve acontecer no domingo, 24
Editora ESG
Publicado em 23 de novembro de 2024 às 21h01.
Última atualização em 23 de novembro de 2024 às 21h03.
Enquanto os delegados permanecem em discussões reservadas, circula desde cedo - informalmente - uma nova proposta de decisão para o acordo final da COP29 , contemplando uma estimativa de US$ 300 bilhões, superior aos 250 bi sugeridos inicialmente.
O texto ainda incentivaria aportes espontâneos de nações emergentes (sem estabelecer novas obrigações). Adicionalmente, pode incluir solicitações aos bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs) e mecanismos para analisar a otimização do acesso aos recursos climáticos até 2030.
Após cerimônia protocolar de encerramento da COP29 neste sábado, 23, veio a promessa - e maior pressão - da presidência da Conferência do Azerbaijão para uma finalização, definitiva, neste domingo, 24.Considera-se praticamente confirmado que o objetivo principal de financiamento ambiental de "no mínimo" US$ 300 bilhões (R$ 1,7 trilhão) anuais até 2035 seja realmente oficializado.
Em avaliação preliminar, o Instituto Talanoa pondera que, caso confirmado, o acordo representaria "um ponto de partida, mas não o teto".
A leitura do Instituto é de que "o acordo garante que o apoio crescente, os investimentos e os benefícios da transição sejam mais igualmente distribuídos pelo mundo.
Até 2035, bilhões em apoio serão providos pelos países ricos aos mais vulneráveis, e foi firmado um compromisso para alinhar o sistema financeiro global à meta de redirecionar US$ 1,3 trilhão por ano para a ação climática nos países em desenvolvimento até 2035".