Entre janeiro e abril, foram decretadas 1.483 falências no país, uma redução de 2,8% sobre as 1.525 ocorrências de igual período do ano passado, conforme a Serasa. O movimento foi acompanhado também pelo decréscimo de 20,9% na quantidade de falências requeridas, de 5.932 para 4.692 na comparação entre os quadrimestres. Segundo a empresa de análise de crédito, os números refletem a influência do início do ano, quando as companhias contaram com uma pequena melhora da economia em relação a 2003.

Contudo, a Serasa afirma também que o aumento do número de concordatas demonstra as dificuldades enfrentadas pelas empresas, como a alta taxa de juros e a elevada carga tributária. Nos primeiros quatro meses do ano, as 211 concordatas requeridas representam um aumento de 32,7% sobre as 159 do mesmo período de 2003. O deferimento de concordatas cresceu 36,8%, de 114 para 156.

Abril

Considerando-se apenas abril, houve alta de 4,6% na quantidade de falências decretadas, em relação a igual mês do ano passado. Foram registrados 477 casos, ante 456 em 2003. Como os dois meses tiveram o mesmo número de dias úteis, não é possível atribuir a flutuação a diferenças de calendário. Já os pedidos de falência caíram 12,09% em relação a abril de 2003, somando 1.395 requerimentos, ante 1.601.

As concordatas, porém, avançaram. Os pedidos saltaram 64,9%, de 37 para 61, na comparação entre os meses. As deferidas subiram 38,2%, de 34 para 47. Conforme a Serasa, as pequenas e médias empresas foram as mais prejudicadas.