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Venezuela anuncia plano de racionamento de energia em meio à maxidesvalorização da moeda

Às voltas com as reações causadas pela corrida ao comércio por causa da maxidesvalorização da moeda, o governo da Venezuela anunciou nesta terça-feira (12/01) o plano de racionamento intermediário de energia em todo o país. As medidas vão desde cortes de energia até mudanças no horário de funcionamento de serviços públicos. Paralelamente, as autoridades do […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

Às voltas com as reações causadas pela corrida ao comércio por causa da maxidesvalorização da moeda, o governo da Venezuela anunciou nesta terça-feira (12/01) o plano de racionamento intermediário de energia em todo o país. As medidas vão desde cortes de energia até mudanças no horário de funcionamento de serviços públicos. Paralelamente, as autoridades do setor buscam alternativas para evitar o desabastecimento.


Uma das propostas é cortar a luz por cerca de quatro horas por dia e autorizar o fornecimento apenas em áreas específicas. Outra medida que deve ser adotada é reduzir o horário de funcionamento dos departamentos públicos para aproveitar a luz do sol, abrindo às 8h da manhã e encerrando às 13h.

No último domingo (10/01), o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em seu programa de televisão Alô, Presidente não escondeu sua preocupação com a redução do nível de água do mar. Nesta terça-feira, os presidentes e diretores das companhias de energia elétrica se reúnem para anunciar os detalhes do plano. Em dezembro do ano passado, o dirigente venezuelano foi à televisão e apelou para que a população reduzisse o consumo de energia em todo país.

O plano de racionamento ocorre no momento em que a Venezuela passa por drásticas mudanças na sua economia. Chávez anunciou a criação de uma taxa cambial dupla – uma para os setores básicos da economia, com um dólar a 2,60 bolívares, e outra para o restante da economia, com o dólar a 4,30 bolívares. A taxa oficial de câmbio era mantida estável pelo governo desde 2005 em 2,15 bolívares por dólar.

A iniciativa provocou uma corrida às lojas de produtos importados, principalmente eletrodomésticos, em decorrência da remarcação de preços. Indignado, Chávez colocou o Exército, a Guarda Nacional, os Conselhos Comunitários e o Comitê de Controladoria para fiscalizarem os abusos. Foram 70 lojas fechadas em dois dias.

De acordo com estudos publicados nesta terça-feira (12/11) na imprensa venezuelana, a desvalorização do bolívar provocou uma perda de 62,3% no salário mínimo da Venezuela em comparação com os últimos 27 anos. Porém, Chavez insiste que as mudanças de câmbio vão gerar efetivamente a duplicação receitas decorrentes da venda de petróleo e o governo poderá elevar os investimentos em mais de 50%.
Com informações da Agência Brasil

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Às voltas com as reações causadas pela corrida ao comércio por causa da maxidesvalorização da moeda, o governo da Venezuela anunciou nesta terça-feira (12/01) o plano de racionamento intermediário de energia em todo o país. As medidas vão desde cortes de energia até mudanças no horário de funcionamento de serviços públicos. Paralelamente, as autoridades do setor buscam alternativas para evitar o desabastecimento.


Uma das propostas é cortar a luz por cerca de quatro horas por dia e autorizar o fornecimento apenas em áreas específicas. Outra medida que deve ser adotada é reduzir o horário de funcionamento dos departamentos públicos para aproveitar a luz do sol, abrindo às 8h da manhã e encerrando às 13h.

No último domingo (10/01), o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em seu programa de televisão Alô, Presidente não escondeu sua preocupação com a redução do nível de água do mar. Nesta terça-feira, os presidentes e diretores das companhias de energia elétrica se reúnem para anunciar os detalhes do plano. Em dezembro do ano passado, o dirigente venezuelano foi à televisão e apelou para que a população reduzisse o consumo de energia em todo país.

O plano de racionamento ocorre no momento em que a Venezuela passa por drásticas mudanças na sua economia. Chávez anunciou a criação de uma taxa cambial dupla – uma para os setores básicos da economia, com um dólar a 2,60 bolívares, e outra para o restante da economia, com o dólar a 4,30 bolívares. A taxa oficial de câmbio era mantida estável pelo governo desde 2005 em 2,15 bolívares por dólar.

A iniciativa provocou uma corrida às lojas de produtos importados, principalmente eletrodomésticos, em decorrência da remarcação de preços. Indignado, Chávez colocou o Exército, a Guarda Nacional, os Conselhos Comunitários e o Comitê de Controladoria para fiscalizarem os abusos. Foram 70 lojas fechadas em dois dias.

De acordo com estudos publicados nesta terça-feira (12/11) na imprensa venezuelana, a desvalorização do bolívar provocou uma perda de 62,3% no salário mínimo da Venezuela em comparação com os últimos 27 anos. Porém, Chavez insiste que as mudanças de câmbio vão gerar efetivamente a duplicação receitas decorrentes da venda de petróleo e o governo poderá elevar os investimentos em mais de 50%.
Com informações da Agência Brasil
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