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Vendas no varejo podem diminuir até R$ 138 bilhões em 2020

Análise feita pela FecomercioSP prevê que haverá perdas de ao menos 5,9% nas vendas durante os meses de abril, maio e junho

Portas fechadas: federação aponta para quedas de, ao menos, 7,7% no faturamento do varejo para os três meses com previsão de perdas (Tania Regô/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de abril de 2020 às 13h31.

Última atualização em 13 de abril de 2020 às 13h32.

Um levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que, usando como parâmetro as perdas do comércio durante a recessão de 2015 e 2016, a crise do novo coronavírus fará com que o setor venda entre R$ 115 bilhões e R$ 138 bilhões a menos em 2020 que no ano passado.

O valor representa 3,9% a 4,8% do que foi comercializado em 2019.

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Na comparação com as previsões do início de 2020, a análise feita pela FecomercioSP prevê que haverá perdas de ao menos 5,9% nas vendas durante os meses de abril, maio e junho, com retomada gradual nos meses seguintes.

Numa conjuntura mais grave, a instituição prevê recuo de 10%, enquanto que no pior cenário, a previsão é de retração de 15% nas vendas para cada um dos três meses. Segundo a FecomercioSP, os três cenários previstos para a crise são equivalentes a 21, 23 e 25 dias de estabelecimentos completamente fechados no Brasil, respectivamente.

Em São Paulo, a federação aponta para quedas de, ao menos, 7,7% no faturamento do varejo para os três meses com previsão de perdas.

Em cenários mais agudos, a FecomercioSP estima quedas de 8,3% e 9% em relação ao previsto no início do ano. Em valores absolutos as perdas podem chegar a R$ 60,3 bilhões, R$ 65,3 bilhões e R$ 70,2 bilhões, respectivamente.

Para os pequenos comerciantes, que representam mais de 90% do setor no Brasil, a instituição afirma que uma queda média de 10% no faturamento em abril, maio e junho fará com que cerca de 44 mil empresas encerrem as atividades em 2020, levando à economia um prejuízo de ao menos R$ 54,5 bilhões em relação às estimativas anteriores a pandemia, além do fechamento de 191 mil vagas formais de emprego.

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