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Valorização do real é perigosa para a economia, diz banco

Para o banco francês Crédit Agricole, investidores estrangeiros estão ignorando o risco político no Brasil

Valorização do real: economia ainda está muito frágil para sustentar o movimento, alerta banco francês (Thinkstock/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de março de 2017 às 10h27.

São Paulo - A economia brasileira ainda está muito frágil para sustentar uma valorização tão grande do real, destacou nesta terça-feira, 28, a equipe de estrategistas do Crédit Agricole.

Para o banco francês, investidores estrangeiros estão ignorando o risco político no Brasil e a avaliação é que o fortalecimento da divisa brasileira é "absurdo e perigoso".

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O pior momento do real em relação ao dólar foi em setembro de 2015, quando a moeda norte-americana bateu em R$ 4,21 em meio à crise política no ainda governo de Dilma Rousseff.

Este mês, a divisa dos EUA bateu em R$ 3,05 no último dia 23 e, para os economistas do Crédit, o real pode se valorizar ainda mais no curto prazo.

Juros altos

Dois fatores explicam a tendência de valorização do real, de acordo com o relatório do Crédit Agricole.

O primeiro é que a taxa de juros no Brasil segue entre as maiores do mundo, o que estimula o chamado "carry trade", quando um investidor toma recursos em uma economia de juro baixo para aplicar em outra de taxa elevada.

O segundo fator é a aposta de que o governo do presidente Michel Temer vai conseguir avançar com o ajuste fiscal e empreender outras reformas econômicas, fazendo o País voltar a crescer em ritmo mais forte.

Para os estrategistas do Crédit, um dos problemas é que os investidores estão ignorando os persistentes riscos políticos no país, mesmo que Temer esteja usando de todos os meios possíveis para se "fortalecer".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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