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UE rebate críticas do FMI sobre resgate da Grécia

A Comissão "discorda fundamentalmente" do argumento do relatório de que teria sido melhor forçar as perdas sobre os credores privados da Grécia logo no início

A Comissão Europeia rejeitou as afirmações de um relatório do FMI de que erros foram cometidos no resgate à Grécia (REUTERS/Yorgos Karahalis)
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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 12h12.

Bruxelas - A Comissão Europeia rejeitou as afirmações de um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que erros foram cometidos no resgate à Grécia e disse que lançará seu próprio relatório sobre o assunto.

A Comissão "discorda fundamentalmente" do argumento do relatório de que teria sido melhor forçar as perdas sobre os credores privados da Grécia logo no início, afirmou um porta-voz do órgão.

"O relatório ignora a natureza interconectada dos países membros da zona do euro", afirmou ele, argumentando que, na opinião da comissão, a reestruturação da dívida da Grécia detida por credores privados no início poderia provocar um contágio.

"A reestruturação nessa fase do programa teria consequências devastadoras não só para os outros Estados membros da zona do euro, mas também para a própria Grécia ", disse o porta-voz da Comissão.

Além disso, segundo ele, "você não pode se afastar da questão de a Grécia permanecer na zona do euro e as implicações de contágio de uma saída do país do bloco da questão da estabilidade e prosperidade gregas."

Todas as decisões sobre o tratamento da crise da dívida da Grécia feita pelos governos da zona do euro, o FMI e o Banco Central Europeu (BCE), foram tomadas por unanimidade na época, disse o porta-voz.


Ele afirmou que a Comissão também "discorda fundamentalmente" de que não foi feito o suficiente para encorajar reformas estruturais, argumentando que a Comissão sempre enfatizou a necessidade de reformas estruturais e que Bruxelas tem desempenhado um "papel central" na elaboração da agenda de reformas de Atenas.

A Grécia e seus parceiros no socorro internacional trabalharam rapidamente para elaborar um programa de resgate e em uma "situação de emergência sem precedentes", disse o porta-voz. As três instituições internacionais, grupo denominado troica, estavam em "um processo de aprendizagem" no momento, frisou.

O porta-voz também minimizou a importância do relatório do FMI, que foi preparado pela equipe do Fundo como uma avaliação independente e que é a posição oficial da instituição. A Comissão irá lançar o seu próprio relatório sobre o assunto, disse ele, sem dar qualquer indicação de quando ele estaria pronto.

Apesar das diferenças apontadas pelo relatório do FMI, que também criticou a dose alta inicial de austeridade que os credores da Grécia prescreveram, a Comissão e o FMI tiveram uma "relação de trabalho muito boa" e nenhuma mudança na maneira como trabalham juntos deve ser feita, disse o porta-voz. Fonte: Market News International.

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Bruxelas - A Comissão Europeia rejeitou as afirmações de um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que erros foram cometidos no resgate à Grécia e disse que lançará seu próprio relatório sobre o assunto.

A Comissão "discorda fundamentalmente" do argumento do relatório de que teria sido melhor forçar as perdas sobre os credores privados da Grécia logo no início, afirmou um porta-voz do órgão.

"O relatório ignora a natureza interconectada dos países membros da zona do euro", afirmou ele, argumentando que, na opinião da comissão, a reestruturação da dívida da Grécia detida por credores privados no início poderia provocar um contágio.

"A reestruturação nessa fase do programa teria consequências devastadoras não só para os outros Estados membros da zona do euro, mas também para a própria Grécia ", disse o porta-voz da Comissão.

Além disso, segundo ele, "você não pode se afastar da questão de a Grécia permanecer na zona do euro e as implicações de contágio de uma saída do país do bloco da questão da estabilidade e prosperidade gregas."

Todas as decisões sobre o tratamento da crise da dívida da Grécia feita pelos governos da zona do euro, o FMI e o Banco Central Europeu (BCE), foram tomadas por unanimidade na época, disse o porta-voz.


Ele afirmou que a Comissão também "discorda fundamentalmente" de que não foi feito o suficiente para encorajar reformas estruturais, argumentando que a Comissão sempre enfatizou a necessidade de reformas estruturais e que Bruxelas tem desempenhado um "papel central" na elaboração da agenda de reformas de Atenas.

A Grécia e seus parceiros no socorro internacional trabalharam rapidamente para elaborar um programa de resgate e em uma "situação de emergência sem precedentes", disse o porta-voz. As três instituições internacionais, grupo denominado troica, estavam em "um processo de aprendizagem" no momento, frisou.

O porta-voz também minimizou a importância do relatório do FMI, que foi preparado pela equipe do Fundo como uma avaliação independente e que é a posição oficial da instituição. A Comissão irá lançar o seu próprio relatório sobre o assunto, disse ele, sem dar qualquer indicação de quando ele estaria pronto.

Apesar das diferenças apontadas pelo relatório do FMI, que também criticou a dose alta inicial de austeridade que os credores da Grécia prescreveram, a Comissão e o FMI tiveram uma "relação de trabalho muito boa" e nenhuma mudança na maneira como trabalham juntos deve ser feita, disse o porta-voz. Fonte: Market News International.

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