Economia

The Economist: Brasil tem 2º pior atendimento a pacientes terminais

Estudo da revista britânica aponta o país como penúltimo colocado num ranking de qualidade do serviço médico a idosos e terminais em 40 países

Hospital público no Brasil: país tem o terceiro atendimento mais caro a pacientes idosos e terminais (.)

Hospital público no Brasil: país tem o terceiro atendimento mais caro a pacientes idosos e terminais (.)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2010 às 15h36.

São Paulo - Um estudo feito pela revista britânica The Economist aponta o Brasil como o 39º colocado em um ranking de 40 países classificados quanto à qualidade do atendimento a pacientes terminais ou idosos. A pesquisa foi realizada com base na análise dos serviços médicos público e privado em 30 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e outras 10 nações que disponibilizaram informações para a revista.

A primeira posição na lista é ocupada pelo Reino Unido, seguido de Austrália e Nova Zelândia. Atrás do Brasil, com os piores serviços, está a Índia. Todos os países do chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) ocupam posições inferiores ao 30º lugar. Nestes, a principal crítica é a lentidão do sistema de saúde para providenciar cuidados médicos aos pacientes idosos ou em estágio terminal.

Uma das participantes do estudo, a professora Sheila Payne, da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, explica o mau posicionamento destes países na lista. Ela diz que há "falta de reconhecimento, por parte dos governos, da importância de se desenvolver e financiar políticas de cuidados paliativos" a esta categoria de pacientes.

A pesquisa da Economist elaborou ainda um outro ranking, classificando os países quanto ao custo dos cuidados com idosos e terminais. O tratamento do sistema de saúde brasileiro a estes pacientes é o terceiro mais caro dentre as 40 nações. À frente do Brasil estão México e Índia, empatados com o custo mais alto.

A professora Payne explica que, em países como o Brasil e outras nações em desenvolvimento, há "sólidos programas de cuidados médicos, mas que veem pouco valor nos asilos", priorizando outros tipos de serviços.

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