Michel Temer: amanhã (6) o TSE inicia o julgamento da chapa Dilma-Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de junho de 2017 às 17h25.
Última atualização em 5 de junho de 2017 às 17h28.
São Paulo - Os juros futuros confirmaram no fechamento da sessão regular o movimento de alta que pautou os negócios desde a parte da manhã desta segunda-feira, 5, ainda reflexo da cautela com o cenário político, após notícias consideradas negativas para o governo durante o fim de semana.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (179.000 contratos) fechou com taxa de 9,420%, de 9,405% no ajuste de sexta-feira; a taxa do DI janeiro de 2019 (309.425 contratos) ficou em 9,56%, de 9,55%; e o DI janeiro de 2021 (162.275 contratos) terminou com taxa de 10,61%, de 10,56%.
O ambiente de cautela que pautou o avanço do dólar e a volatilidade da Bolsa levou os juros para cima ainda na primeira etapa, com o investidor digerindo a informação sobre a prisão do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do presidente Michel Temer.
Responsável pela defesa de Loures, o advogado Cezar Roberto Bitencourt avalia que ele foi "preso para delatar".
No caso de uma delação premiada por parte do ex-deputado, crescem as chances, na visão dos profissionais do mercado, de saída do presidente Michel Temer.
Na terça-feira, 6, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia o julgamento da chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014, em meio a especulações de que a Procuradoria-Geral da República teria novas gravações contra Temer e poderia até mesmo apresentar denúncia contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF).
À tarde, surgiram a informações na imprensa, segundo as quais a PGR descarta novas denúncias ou material adicional contra Temer nos próximos dias, o que levou a taxa dos principais contratos pontualmente para as mínimas do dia.