Sistema fiscal facilita fraudes no Brasil, diz consultor
Segundo sócio da PwC, a complexidade desse sistema é o principal motivo
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2013 às 11h28.
São Paulo - As fraudes e a corrupção são "reais e um perigo presente no Brasil", avaliou hoje o sócio da PricewaterhouseCoopers (PwC) Martin Whitehead, especialista da consultoria em investigações sobre os temas.
"Eu trabalhei na África, achava que lá havia corrupção, mas aqui é mais, pois o tamanho é maior, o setor público é muito grande, muitas comissões são pagas e você precisa de licença e autorização para tudo", disse ele, durante o evento "Compliance: o desafio da conformidade à nova Lei Anticorrupção brasileira", organizado pela Fundação Dom Cabral, em São Paulo. Whitehead lembrou que a complexidade do sistema fiscal brasileiro facilita a corrupção no País.
Para ele, a percepção de corrupção é comum para muitos clientes da PwC que têm intenção de investir no Brasil. "Apesar de no levantamento da percepção de corrupção da Transparência Internacional o Brasil aparecer no meio da lista, como quinta ou sexta economia do mundo isso é ruim. A nova lei é um ótimo caminho, mas o Brasil deve pensar no nível da Europa."
O sócio da PwC elogiou a criação de várias legislações recentes anticorrupção em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como a lei brasileira (12.846/2013) deste ano, a do México (2012) e a de outros países como Chile, Índia, Indonésia e Rússia. "Quase todos os países da OCDE estão criminalizando a corrupção por conta da necessidade de ampliar o comércio."
Whitehead citou uma pesquisa de 2011, a qual aponta que o crime mais comum em companhias é a apropriação de ativos e avaliou que muitos clientes da consultoria estão "acordando" para as investigações e o monitoramento de fraudes internas, "especialmente na área de compras", onde há mais delitos segundo ele.
"Há softwares disponíveis para essa apuração", exemplificou. "O mapeamento de riscos é importante para prevenir e um programa interno de compliance, com uma due diligence, é fundamental porque auditorias externas não são suficientes para apontar fraudes", afirmou.
São Paulo - As fraudes e a corrupção são "reais e um perigo presente no Brasil", avaliou hoje o sócio da PricewaterhouseCoopers (PwC) Martin Whitehead, especialista da consultoria em investigações sobre os temas.
"Eu trabalhei na África, achava que lá havia corrupção, mas aqui é mais, pois o tamanho é maior, o setor público é muito grande, muitas comissões são pagas e você precisa de licença e autorização para tudo", disse ele, durante o evento "Compliance: o desafio da conformidade à nova Lei Anticorrupção brasileira", organizado pela Fundação Dom Cabral, em São Paulo. Whitehead lembrou que a complexidade do sistema fiscal brasileiro facilita a corrupção no País.
Para ele, a percepção de corrupção é comum para muitos clientes da PwC que têm intenção de investir no Brasil. "Apesar de no levantamento da percepção de corrupção da Transparência Internacional o Brasil aparecer no meio da lista, como quinta ou sexta economia do mundo isso é ruim. A nova lei é um ótimo caminho, mas o Brasil deve pensar no nível da Europa."
O sócio da PwC elogiou a criação de várias legislações recentes anticorrupção em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como a lei brasileira (12.846/2013) deste ano, a do México (2012) e a de outros países como Chile, Índia, Indonésia e Rússia. "Quase todos os países da OCDE estão criminalizando a corrupção por conta da necessidade de ampliar o comércio."
Whitehead citou uma pesquisa de 2011, a qual aponta que o crime mais comum em companhias é a apropriação de ativos e avaliou que muitos clientes da consultoria estão "acordando" para as investigações e o monitoramento de fraudes internas, "especialmente na área de compras", onde há mais delitos segundo ele.
"Há softwares disponíveis para essa apuração", exemplificou. "O mapeamento de riscos é importante para prevenir e um programa interno de compliance, com uma due diligence, é fundamental porque auditorias externas não são suficientes para apontar fraudes", afirmou.