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Setor de construção civil está pessimista

O setor de construção civil brasileiro está mais pessimista em relação ao desempenho de suas empresas e da economia do país do que no início do ano. As perspectivas são em relação aos próximos meses e foram registradas pela 12a Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil. A pesquisa, realizada em agosto pelo Sindicato da […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h22.

O setor de construção civil brasileiro está mais pessimista em relação ao desempenho de suas empresas e da economia do país do que no início do ano. As perspectivas são em relação aos próximos meses e foram registradas pela 12aSondagem Nacional da Indústria da Construção Civil. A pesquisa, realizada em agosto pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), reuniu a opinião de de 353 empresários de todo o país.

Os entrevistados atribuíram notas de 0 a 100 para o desempenho individual de sua empresa, dificuldades financeiras, custos da construção e conjuntura econômica. Notas abaixo de 50 significam desempenho ou perspectiva não favorável. No caso de dificuldades financeiras, é o inverso: valores acima de 50 significam dificuldades maiores.

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Na avaliação do momento atual, nota final para o desempenho da empresa de construção civil foi 40,1 - pouco acima da pesquisa anterior, realizada em maio, que foi de 38,9. O índice, no entanto, permanece no mesmo nível do observado em agosto de 2001, mês do auge da crise do racionamento de energia.

Entre os cinco critérios que mediram o desempenho recente das empresas (emprego, participação de mercado, volume de negócios rentabilidade e faturamento), o do comportamento do emprego teve a pior avaliação. Isso remete ao baixo nível de atividade no setor. Outro critério que apresentou declínio em relação à pesquisa anterior foi o de participação da empresa no mercado: caiu de 40,2 para 39,5. Os outros critérios tiveram movimento positivo. A rentabilidade, o faturamento e o volume de negócios aumentaram.

As dificuldades financeiras percebidas pelas empresas nos últimos meses apresentaram pequena melhora em relação a maio. O índice caiu de 61,7 para 60,7. O custo dos empréstimos continua sendo apontado como a principal fonte de insatisfação: passou de 69,5 para 70. Os números refletem a insatisfação dos empresários com os altos juros dos financiamentos.

Perspectivas

Com um cenário de alta do dólar e indefinição eleitoral, o empresariado do setor de construção está menos confiante na recuperação da economia e no crescimento de suas empresas. O índice que sintetiza as perspectivas da conjuntura caiu de 42,7 para 30,6. A perspectiva de inflação reduzida passou de um nível satisfatório (55,6) para uma forte descrença de que esse objetivo seja alcançado nos próximos meses (36,4). A expectativa de melhora do desempenho das empresas baixou de 46,2 para 41,9.

  • Clique aqui para ver o resultado completo da 12aSondagem Nacional da Indústria da Construção Civil.

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