EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2009 às 16h22.
O Senado dos Estados Unidos aprovou, por 61 votos conta 37, sua versão do pacote de estímulo à economia. A aprovação só foi possível após três senadores republicanos moderados declararem seu apoio à proposta - para passar a lei, eram necessários pelo menos 60 votos. O pacote do Senado prevê gastos de 838 bilhões de dólares, com ênfase no corte de impostos. Em 29 de janeiro, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos havia aprovado sua versão da proposta, com gastos de 819 bilhões de dólares. De acordo com o americano The Wall Street Journal, o desafio agora é fazer com que deputados e senadores negociem um pacote único. Os líderes do governo no Congresso esperam levá-lo à sanção do presidente Barack Obama ainda em fevereiro.
Principal foco de influência dos republicanos, o Senado aprovou um pacote que enfatiza o corte de impostos, com um valor fixo de 70 bilhões de dólares por ano para o programa de Taxa Mínima Alternativa. Os benefícios fiscais abrangem também a compra de veículos novos e residências. No total, os cortes de impostos propostos pelos senadores alcançam 293 bilhões de dólares.
Mais de 500 bilhões de dólares serão usados em obras de infraestrutura. O pacote do Senado também propõe mais recursos para projetos de transporte - 45 bilhões de dólares, contra os 30 bilhões previstos pelo pacote da Câmara. Os senadores concordaram, ainda, em reduzir a restituição de impostos que os contribuintes devem receber. No pacote da Câmara, cada contribuinte teria direito a 500 dólares de restituição.
Já a versão da Câmara propõe que o governo dê mais atenção à melhoria do sistema educacional, à assistência médica e ao seguro social para desempregados. Parlamentares das duas Casas começarão, agora, uma maratona de negociações para chegar a uma versão definitiva do pacote.