Produção industrial foi inflada por caminhões, diz ABC
Segundo a economista Mariana Hauer, do Banco ABC Brasil, os números foram inflados em grande parte pela produção de caminhões
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 15h45.
São Paulo - Os dados da produção industrial de janeiro vieram melhores do que o esperado pela economista Mariana Hauer, do Banco ABC Brasil, mas continuam indicando volatilidade do setor e não chegam a animá-la.
Segundo ela, os números foram inflados em grande parte pela produção de caminhões . "Foi um pouco melhor, praticamente em função da produção de caminhões, o que ajudou a inflar bens de capital", afirmou ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado.
Segundo a economista, o avanço de 10% da produção de bens de capital, na margem, e de 2,5% na comparação com janeiro de 2013, reflete os estímulos do governo concedidos à produção de caminhões.
"Também é um reflexo do que ocorreu antes, da queda passada", explicou, ao se referir à retração de 3,50% da produção industrial em dezembro e que hoje foi revisada para declínio de 3,7% pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta de 2,9% da produção industrial, na margem, veio mais intensa do que a esperada pelo Banco ABC Brasil, que previa crescimento de 2,6%.
Na comparação com janeiro de 2013, a queda de 2,4% foi menos expressiva do que o recuo de 3,4% previsto pelo banco. O resultado da produção da indústria em janeiro em relação a dezembro, com ajuste sazonal, ficou dentro do intervalo das expectativas dos analistas na pesquisa do AE Projeções (de 1,00% a 3,20%, com mediana de 2,50%).
O dado no confronto com janeiro de 2013 também veio conforme o esperado pelo mercado, cujas previsões eram de baixa de 1,20% a 5,00%, e mediana negativa de 3,40%.
Mariana diz ainda que os efeitos do fim dos incentivos a bens duráveis já começam a ser mais perceptíveis. Segundo o IBGE, a categoria de bens de consumo duráveis subiu 3,8% ante dezembro, mas caiu 5,4% em relação a janeiro de 2013. "Na comparação interanual, trata-se da quarta queda consecutiva. Foi influenciada basicamente pela queda da produção de automóveis e de linha branca", disse.
A economista afirmou que, apesar de os números terem ficado um pouco melhores do que o previsto e a produção de bens de capital ter avançado, é preciso cautela. "Se a alta em bens de capital fosse disseminada, ficaria feliz, mas a indústria segue volátil. É preciso avaliar os próximos dados da indústria. O crescimento dos outros setores não chegou a apagar as quedas passadas", concluiu.
São Paulo - Os dados da produção industrial de janeiro vieram melhores do que o esperado pela economista Mariana Hauer, do Banco ABC Brasil, mas continuam indicando volatilidade do setor e não chegam a animá-la.
Segundo ela, os números foram inflados em grande parte pela produção de caminhões . "Foi um pouco melhor, praticamente em função da produção de caminhões, o que ajudou a inflar bens de capital", afirmou ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado.
Segundo a economista, o avanço de 10% da produção de bens de capital, na margem, e de 2,5% na comparação com janeiro de 2013, reflete os estímulos do governo concedidos à produção de caminhões.
"Também é um reflexo do que ocorreu antes, da queda passada", explicou, ao se referir à retração de 3,50% da produção industrial em dezembro e que hoje foi revisada para declínio de 3,7% pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta de 2,9% da produção industrial, na margem, veio mais intensa do que a esperada pelo Banco ABC Brasil, que previa crescimento de 2,6%.
Na comparação com janeiro de 2013, a queda de 2,4% foi menos expressiva do que o recuo de 3,4% previsto pelo banco. O resultado da produção da indústria em janeiro em relação a dezembro, com ajuste sazonal, ficou dentro do intervalo das expectativas dos analistas na pesquisa do AE Projeções (de 1,00% a 3,20%, com mediana de 2,50%).
O dado no confronto com janeiro de 2013 também veio conforme o esperado pelo mercado, cujas previsões eram de baixa de 1,20% a 5,00%, e mediana negativa de 3,40%.
Mariana diz ainda que os efeitos do fim dos incentivos a bens duráveis já começam a ser mais perceptíveis. Segundo o IBGE, a categoria de bens de consumo duráveis subiu 3,8% ante dezembro, mas caiu 5,4% em relação a janeiro de 2013. "Na comparação interanual, trata-se da quarta queda consecutiva. Foi influenciada basicamente pela queda da produção de automóveis e de linha branca", disse.
A economista afirmou que, apesar de os números terem ficado um pouco melhores do que o previsto e a produção de bens de capital ter avançado, é preciso cautela. "Se a alta em bens de capital fosse disseminada, ficaria feliz, mas a indústria segue volátil. É preciso avaliar os próximos dados da indústria. O crescimento dos outros setores não chegou a apagar as quedas passadas", concluiu.