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Peso da economia nas eleições é de 40%, diz professor da USP

A pedido do site EXAME.com, Gaudêncio Torquato calculou os fatores que podem definir o vencedor

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Cartão do Bolsa Família, que distribui uma renda mensal às famílias carentes (.)

Cartão do Bolsa Família, que distribui uma renda mensal às famílias carentes (.)

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Luís Artur Nogueira

Publicado em 23 de junho de 2010 às, 17h45.

São Paulo - Os bons resultados da economia brasileira terão peso de 40% no resultado das eleições neste ano. "Sozinha, a economia não decide, mas tem uma influência muito grande", afirma o professor de comunicação política da USP e presidente da GT Marketing e Comunicação, Gaudêncio Torquato.

Além da economia, há outros fatores que ajudam a definir a escolha dos eleitores. São eles: o próprio candidato (currículo, trajetória e experiência), os patrocinadores (Lula, no caso de Dilma Rousseff, e Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves, no caso de José Serra) e o caciquismo (líderes regionais que determinam o voto).  A pedido do site EXAME.com, o professor Torquato atribuiu peso a cada item (ver tabela abaixo).

"A decisão do voto, antes de chegar na cabeça, passa pelo bolso", diz Torquato, que completa: "Quem garante o estômago saciado é a economia". No entanto, o consultor político salienta que a candidata do governo não consegue colher todos os frutos. "Se a lógica fosse fator preponderante em política, Dilma estaria eleita".

Nas eleições americanas de 1992, o marqueteiro da campanha de Bill Clinton, James Carville, sempre proferia o bordão "é a economia, estúpido" quando alguém dizia que o candidato deveria falar sobre outros assuntos. Gaudêncio Torquato concorda com esse ponto de vista e até criou a sigla PNBF - Produto Nacional Bruto da Felicidade.

No governo Lula, diz o professor da USP, várias iniciativas fazem parte deste PNBF: Bolsa Família, Luz para Todos, ProUni, Minha Casa, Minha Vida, Pronaf e isenções fiscais para linha branca, automóveis e matérias de construção, entre outros.

Na hora de escolher o candidato, o eleitor quer saber quem será capaz de ampliar os programas sociais. "Não basta ser um bom gestor, é preciso ser um líder com visão", conclui Torquato. 

Fatores que definem o resultado das eleições presidenciaisPeso
Economia40%
Candidato25%
Patrocinadores25%
Caciquismo10%
Fonte: professor da USP Gaudêncio Torquato | Elaboração: EXAME.com

 

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