Pela 2ª vez, cai o desemprego na região metropolitana de São Paulo
Município de São Paulo compensa avanço do desemprego no restante da região. Quanto à renda, Seade e Dieese apontam, com dados de maio, que os salários subiram 1,9%, e o rendimento dos ocupados, 3,2%.
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h25.
O desemprego na Região Metropolitana de São Paulo foi de 19,1% em junho, a segunda queda consecutiva, e em maio o rendimento médio real dos trabalhadores subiu, depois de quatro meses em queda. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26/7) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
As entidades responsáveis pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) verificaram um incremento da renda dos ocupados de abril para maio de 3,2%, para 975 reais. O avanço no caso da renda dos assalariados foi de 1,9%, para 1 038 reais.
O desemprego aberto diminuiu entre maio e junho de 12,3% para 11,8%. O desemprego oculto pelo trabalho precário ou pelo desalento manteve-se praticamente estável, em 7,3%. A abertura de 107 mil postos de trabalho em junho (1,3% de crescimento sobre maio) conseguiu compensar com folga a entrada de 58 mil pessoas no mercado de trabalho, reduzindo em 49 mil o total de desempregados. O PED calcula agora um contingente de 1,911 milhão de pessoas desempregadas nos 39 municípios que formam a região, ante 1,960 milhão no mês anterior.
Em maio, a taxa de desemprego total foi 19,7% e, em abril, 20,7%. Em junho do ano passado, era de 20,3%.
Seade e Dieese destacam a criação de vagas em todos os setores de atividade - 56 mil em serviços, 28 mil na indústria e 18 mil no comércio - e a criação de 51 mil postos de trabalho com carteira de trabalho assinada no setor privado.
Analisando os dados por cidades que compõem a região metropolitana, o PED constatou queda do desemprego na Capital (de 19,7% para 18,5%) e crescimento do desemprego nos demais municípios (de 19,7% para 20%).