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País exportará recorde de US$6 bi em carne bovina em 2013

Perspectiva é positiva pela esperada retomada das vendas a países do Oriente Médio, que haviam embargado total ou parcialmente compras de carne do Brasil

Produção de carne: país registrou receita recorde de 5,8 bilhões de dólares com as exportações do produto em 2012 (Remy Gabalda/AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 16h37.

São Paulo - As exportações de carne bovina do Brasil devem atingir um recorde de 6 bilhões de dólares em 2013, com a perspectiva de aumento das vendas aos principais mercados, incluindo países do Oriente Médio e Ásia, disse o presidente da associação que reúne a indústria nesta quinta-feira.

"O Brasil retornou ao primeiro lugar nas exportações em outubro do ano passado. E neste ano vamos consolidar nossa posição, tanto em volume como receita", disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, à Reuters.

O Brasil, maior exportador global de carne bovina, registrou receita recorde de 5,8 bilhões de dólares com as exportações do produto em 2012.

Segundo Camardelli, a perspectiva é muito positiva pela esperada retomada das vendas a países do Oriente Médio, que haviam embargado total ou parcialmente compras de carne bovina do Brasil após a descoberta de uma fêmea morta que possuía o agente causador da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), mas não havia manifestado a doença, em dezembro de 2012.

"O que nos deixa otimistas? Com a ratificação do nosso status sanitário na OIE os países que baniram o Brasil devem progressivamente se reinserir", disse Camardelli.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou em maio a classificação do Brasil como "risco insignificante" para a EEB, conhecida como mal da vaca louca.

A desvalorização do real é outro fator favorável à indústria, uma vez que torna o produto brasileiro mais barato em relação a seus concorrentes, como Estados Unidos e Austrália, ressaltou.

Semestre Recorde

No primeiro semestre do ano, os embarques de carne bovina do Brasil cresceram 21 por cento, para 674,7 mil toneladas, gerando receita recorde de 3 bilhões de dólares, alta de 13,6 por cento ante igual período do ano passado.


Os frigoríficos brasileiros têm conseguido compensar a queda do preço médio de carne com a ampliação do volume exportado, acrescentou a Abiec em nota.

Segundo Camardelli, a indústria tem trabalhado para ampliar sua participação em importantes regiões, incluindo a Europa, a Ásia e o Oriente Médio.

O principal destino da carne bovina brasileira nos primeiros seis meses do ano foi Hong Kong, que registrou aumento de 67,7 por cento na comparação anual, totalizando 172,8 mil toneladas no período, alcançando fatia de 25 por cento das vendas totais.

Camardelli atribuiu o crescimento expressivo para Hong Kong a uma estabilização do poder aquisitivo e à consolidação da presença da carne brasileira na região.

Hong Kong, normalmente, já comprava miúdos do Brasil, mas agora incluiu cortes melhores nas importações. Segundo o acompanhamento da Abiec, enquanto as vendas de miúdos saltaram 10 por cento no período, as de cortes in natura avançaram 140 por cento.

O segundo destino no semestre foi a Rússia, tradicional importador das carnes brasileiras, que importou 154,7 mil toneladas no período, incremento de 9,3 por cento ante igual período de 2012, com fatia de cerca de 20 por cento.

Em 2012, a Rússia foi o principal destino da carne bovina do Brasil, mas neste ano Hong Kong vem liderando as importações, segundo o levantamento da indústria.

O executivo citou ainda Irã e Argélia, com volumes menores, mas que apresentaram importante crescimento percentual, de 98,4 por cento e 60,7 por cento, respectivamente.

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São Paulo - As exportações de carne bovina do Brasil devem atingir um recorde de 6 bilhões de dólares em 2013, com a perspectiva de aumento das vendas aos principais mercados, incluindo países do Oriente Médio e Ásia, disse o presidente da associação que reúne a indústria nesta quinta-feira.

"O Brasil retornou ao primeiro lugar nas exportações em outubro do ano passado. E neste ano vamos consolidar nossa posição, tanto em volume como receita", disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, à Reuters.

O Brasil, maior exportador global de carne bovina, registrou receita recorde de 5,8 bilhões de dólares com as exportações do produto em 2012.

Segundo Camardelli, a perspectiva é muito positiva pela esperada retomada das vendas a países do Oriente Médio, que haviam embargado total ou parcialmente compras de carne bovina do Brasil após a descoberta de uma fêmea morta que possuía o agente causador da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), mas não havia manifestado a doença, em dezembro de 2012.

"O que nos deixa otimistas? Com a ratificação do nosso status sanitário na OIE os países que baniram o Brasil devem progressivamente se reinserir", disse Camardelli.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou em maio a classificação do Brasil como "risco insignificante" para a EEB, conhecida como mal da vaca louca.

A desvalorização do real é outro fator favorável à indústria, uma vez que torna o produto brasileiro mais barato em relação a seus concorrentes, como Estados Unidos e Austrália, ressaltou.

Semestre Recorde

No primeiro semestre do ano, os embarques de carne bovina do Brasil cresceram 21 por cento, para 674,7 mil toneladas, gerando receita recorde de 3 bilhões de dólares, alta de 13,6 por cento ante igual período do ano passado.


Os frigoríficos brasileiros têm conseguido compensar a queda do preço médio de carne com a ampliação do volume exportado, acrescentou a Abiec em nota.

Segundo Camardelli, a indústria tem trabalhado para ampliar sua participação em importantes regiões, incluindo a Europa, a Ásia e o Oriente Médio.

O principal destino da carne bovina brasileira nos primeiros seis meses do ano foi Hong Kong, que registrou aumento de 67,7 por cento na comparação anual, totalizando 172,8 mil toneladas no período, alcançando fatia de 25 por cento das vendas totais.

Camardelli atribuiu o crescimento expressivo para Hong Kong a uma estabilização do poder aquisitivo e à consolidação da presença da carne brasileira na região.

Hong Kong, normalmente, já comprava miúdos do Brasil, mas agora incluiu cortes melhores nas importações. Segundo o acompanhamento da Abiec, enquanto as vendas de miúdos saltaram 10 por cento no período, as de cortes in natura avançaram 140 por cento.

O segundo destino no semestre foi a Rússia, tradicional importador das carnes brasileiras, que importou 154,7 mil toneladas no período, incremento de 9,3 por cento ante igual período de 2012, com fatia de cerca de 20 por cento.

Em 2012, a Rússia foi o principal destino da carne bovina do Brasil, mas neste ano Hong Kong vem liderando as importações, segundo o levantamento da indústria.

O executivo citou ainda Irã e Argélia, com volumes menores, mas que apresentaram importante crescimento percentual, de 98,4 por cento e 60,7 por cento, respectivamente.

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