São Paulo - Um estudo realizado pelo Conselho de Lisboa, em parceria com o Berenberg Bank, classificou os países na Europa que melhor ajustaram suas contas para enfrentar a crise de dívida pública que abala diversas nações da região. As 17 economias que compõem a Zona do Euro foram avaliadas. O objetivo da pesquisa é averiguar quais países conseguiram corrigir os excessos nos gastos públicos cometidos no passado. O levantamento considerou três aspectos importantes para distinguir as nações, sendo eles: a redução do déficit de cada economia; o aumento das exportações em relação às importações nas contas externas; e uma correção nos custos trabalhistas forçada pela crise e pelo congelamento fiscal. O ranking a seguir mostra os países que figuram entre a 1ª e a 10ª posição, seguidos pela Eslovênia (11ª), Itália (12ª), Ciprus (13ª), Bélgica (14ª), França (15ª), Alemanha (16ª) e Áustria (17ª). É interessante observar no estudo que as economias que melhor promoveram ajustes fiscais para equilibrar as contas são – em sua maioria – as grandes responsáveis pela eclosão da crise de dívida pública na Europa.
Pontuação pelos Ajustes Fiscais em Andamento: 4,9 Pontos Classificação em Saúde Financeira: 15º Lugar Avaliação: Com um dos piores desempenhos no ranking geral de saúde financeira, Portugal tem se esforçado desde 2009 para ajustar as contas e minimizar os gastos públicos, tentando assim superar os efeitos da crise de dívida soberana na Europa. Pontos positivos: O fato de Portugal ter adotado medidas de austeridade, para realizar assim os primeiros ajustes fiscais, já foi visto com bons olhos pelos economistas internacionais. O país registrou uma boa pontuação no estudo do Conselho de Lisboa pela grande capacidade de integrar imigrantes em sua sociedade. Pontos negativos: A expectativa de crescimento moderado da economia, somada as iniciativas insuficientes utilizadas pelo governo local para ampliar as exportações, geram uma incógnita: Portugal será ou não capaz de controlar seu déficit?
Pontuação pelos Ajustes Fiscais em Andamento: 4,0 Pontos Classificação em Saúde Financeira: 4º Lugar Avaliação: Junto com a Alemanha, a economia da Holanda é uma das mais maduras da Europa. As grandes pontuações em perspectiva de crescimento e competitividade na Zona do Euro beneficiam o país. Apesar de ter alcançado um alto nível de renda, a nação ainda mostra um potencial grande de expansão. Pontos positivos: Excelente uso dos recursos trabalhistas, com baixas taxas de desemprego e número baixo de jovens e idosos sem trabalho. O regime regulatório é consideado bastante liberal, ao mesmo tempo em que as exportações registram boa performance. Além disso, o país registra saldo positivo em conta corrente. Pontos negativos: A relação entre os gastos do governo e o PIB do país é considerada alta.
Pontuação pelos Ajustes Fiscais em Andamento: 4,0 Pontos Classificação em Saúde Financeira: 2º Lugar Avaliação: A economia de Luxemburgo é pequena, mas ganha destaque na Zona do Euro pela sua posição de centro financeiro. O país poderia melhorar a regulação de seus mercados, incluindo o de trabalho, aconselha o Conselho de Lisboa.. Pontos positivos: Luxemburgo possui uma excelente posição fiscal em comparação a muitas nações da Zona do Euro, registrando uma tendência de crescimento superior ao visto em economias mais maduras da região. O superávit em conta corrente e a baixa taxa de consumo, tanto público como privado, também beneficiam o país. Pontos negativos: A forte regulamentação do mercado de serviços em Luxemburgo é um dos pontos criticados pelo Conselho de Lisboa. A dependência incomum do país pela indústria financeira também chama a atenção.
Pontuação pelos Ajustes Fiscais em Andamento: 3,8 Pontos Classificação em Saúde Financeira: 7º Lugar Avaliação: A economia da Finlândia registra um dos melhores desempenhos entre as maiores da Europa, ficando atrás da Holanda e da Alemanha em termos de saúde financeira. Pontos positivos: A alta pontuação em recursos humanos, com uma sociedade mais preparada para receber imigrantes e com bom desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), também beneficia o país. A taxa de endividamento das famílias em relação ao PIB é considerada baixa e o regime de regulação do mercado local é considerado liberal. Pontos negativos: Desde 2008, a Finlândia tem sofrido com o recuo visto nas exportações e as iniciativas para contornar este cenário têm sido insuficientes. A relação entre o gasto público e o PIB da nação também piorou.
Após negociação, emenda aglutinativa apresentada pelo relator deputado Átila Lira (PP-PI) previu o extinção do DPVAT e limitação do bloqueio de emendas