Economia

Brasil vai apoiar Lagarde para comandar FMI

Lagarde deve disputar o cargo com o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, e com Grigori Marchenko, ocupante de posto similar no Cazaquistão

Desde o início do processo, interlocutores do governo já tinham revelado, nos bastidores, que Lagarde era a preferida do Brasil no FMI (Bertrand Langlois/AFP)

Desde o início do processo, interlocutores do governo já tinham revelado, nos bastidores, que Lagarde era a preferida do Brasil no FMI (Bertrand Langlois/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 12h54.

São Paulo - O governo brasileiro decidiu apoiar oficialmente a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, para ocupar o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo interlocutores da presidente Dilma Rousseff, Lagarde foi a candidata ao cargo que mais agradou ao Brasil, porque ela mostrou que os processos de reforma vão continuar e prometeu abrir espaço para os emergentes. O apoio do País à candidatura da ministra francesa deve ser manifestado publicamente nos próximos dias.

Lagarde deve disputar o cargo com o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, e com Grigori Marchenko, ocupante de posto similar no Cazaquistão. O prazo para lançamento de candidaturas para o cargo mais alto do FMI terminou ontem. O processo de escolha deve estar concluído até o dia 30 de junho.

Desde o início do processo, interlocutores do governo já tinham revelado, nos bastidores, que Lagarde era a preferida do Brasil. No entanto, o fato de o concorrente ser um candidato de um país emergente acabou criando dificuldades para que o apoio à ministra francesa fosse admitido publicamente. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem articulado um acordo com os demais países que formam o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para que anunciem o apoio ao mesmo candidato.

Lagarde e Carstens estiveram em Brasília há cerca de duas semanas e se reuniram com autoridades brasileiras. Desde o início do processo de disputa, Mantega disse que o Brasil não apresentaria seu candidato até encerrar o prazo de apresentação de todos os candidatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaChristine LagardeDados de BrasilEconomistasFMI

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo