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Multinacionais do Brasil voltarão a investir no exterior

Projeção do BC é de que Investimento Brasileiro Direto fique em US$ 5 bilhões em 2012, após saldo negativo de US$ 9,3 bilhões em 2011

5. A Petrobras pode reduzir os investimentos downstream? (Divulgação/Petrobras)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 15h32.

Brasília - Os investimentos das multinacionais brasileiras fora do País devem voltar a crescer neste ano, depois da queda de quase 50% verificada em 2011 e do aumento nas remessas de dólares de filiais no exterior para o Brasil. A projeção do Banco Central é de que o Investimento Brasileiro Direto (IBD) fique em US$ 5 bilhões em 2012.

Apesar de o resultado ainda estar distante do recorde de quase US$ 30 bilhões verificado em 2006, a confirmação dessa projeção significará uma mudança em relação a 2011, quando o saldo de investimentos ficou negativo em US$ 9,3 bilhões por conta do retorno de recursos para o Brasil.

Entre 2002 e 2008, o processo de internacionalização das empresas brasileiras foi constante. Nos anos seguintes, no entanto, as estatísticas do BC mostram um comportamento instável desse indicador. Em 2009, por exemplo, se verificou retorno líquido recorde de investimento de US$ 10,1 bilhões. Em 2010, o saldo de investimentos voltou a ficar positivo, em US$ 11,6 bilhões.

No ano passado, as empresas brasileiras investiram no exterior US$ 19,1 bilhões, 45% a menos do que o verificado em 2010, e trouxeram de volta ao Brasil US$ 28,4 bilhões, valor 21% maior.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) também vê uma retomada no processo de internacionalização de empresas brasileiras em 2012.

"Houve uma reversão temporária por conta da indefinição no cenário internacional. As empresas tomaram uma decisão tática, mas não estratégica, de repatriar alguns recursos", diz o presidente da Sobeet, Luís Afonso Lima. "Em 2012, já vamos contar mais uma vez com investimento no exterior."

O economista destaca que, apesar do retorno de recursos por meio de empréstimos intercompanhias, que cresceu 23%, houve investimentos em compra de participações, mesmo que menores do que em 2010. Ou seja, as multinacionais brasileiras continuam adquirindo novos ativos no exterior.

Os dados do BC mostram que a maior parte do dinheiro que voltou ao País se refere ao retorno de empréstimos intercompanhias, US$ 24,5 bilhões. As vendas de participação responderam por menos de US$ 4 bilhões.

Os ativos totais de empresas brasileiras em participação de companhias estrangeiras não encolheram, cresceram 7% em 2011, e somam US$ 181 bilhões. Já o estoque de empréstimos intercompanhias recuou pelo terceiro ano seguido e soma agora apenas US$ 4 bilhões, menos de 10% do verificado antes da crise de 2008.

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Brasília - Os investimentos das multinacionais brasileiras fora do País devem voltar a crescer neste ano, depois da queda de quase 50% verificada em 2011 e do aumento nas remessas de dólares de filiais no exterior para o Brasil. A projeção do Banco Central é de que o Investimento Brasileiro Direto (IBD) fique em US$ 5 bilhões em 2012.

Apesar de o resultado ainda estar distante do recorde de quase US$ 30 bilhões verificado em 2006, a confirmação dessa projeção significará uma mudança em relação a 2011, quando o saldo de investimentos ficou negativo em US$ 9,3 bilhões por conta do retorno de recursos para o Brasil.

Entre 2002 e 2008, o processo de internacionalização das empresas brasileiras foi constante. Nos anos seguintes, no entanto, as estatísticas do BC mostram um comportamento instável desse indicador. Em 2009, por exemplo, se verificou retorno líquido recorde de investimento de US$ 10,1 bilhões. Em 2010, o saldo de investimentos voltou a ficar positivo, em US$ 11,6 bilhões.

No ano passado, as empresas brasileiras investiram no exterior US$ 19,1 bilhões, 45% a menos do que o verificado em 2010, e trouxeram de volta ao Brasil US$ 28,4 bilhões, valor 21% maior.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) também vê uma retomada no processo de internacionalização de empresas brasileiras em 2012.

"Houve uma reversão temporária por conta da indefinição no cenário internacional. As empresas tomaram uma decisão tática, mas não estratégica, de repatriar alguns recursos", diz o presidente da Sobeet, Luís Afonso Lima. "Em 2012, já vamos contar mais uma vez com investimento no exterior."

O economista destaca que, apesar do retorno de recursos por meio de empréstimos intercompanhias, que cresceu 23%, houve investimentos em compra de participações, mesmo que menores do que em 2010. Ou seja, as multinacionais brasileiras continuam adquirindo novos ativos no exterior.

Os dados do BC mostram que a maior parte do dinheiro que voltou ao País se refere ao retorno de empréstimos intercompanhias, US$ 24,5 bilhões. As vendas de participação responderam por menos de US$ 4 bilhões.

Os ativos totais de empresas brasileiras em participação de companhias estrangeiras não encolheram, cresceram 7% em 2011, e somam US$ 181 bilhões. Já o estoque de empréstimos intercompanhias recuou pelo terceiro ano seguido e soma agora apenas US$ 4 bilhões, menos de 10% do verificado antes da crise de 2008.

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