Economia

Mercado de trabalho dos EUA está menos flexível que em 1990

Pesquisa realizada por dois economistas apresenta os EUA como um país que possivelmente está perdendo uma de suas notáveis forças econômicas


	Dólar: orças reduziram medidas de "fluidez" do mercado de trabalho em até 25 por cento desde 1990
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Dólar: orças reduziram medidas de "fluidez" do mercado de trabalho em até 25 por cento desde 1990 (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 11h52.

Jackson Hole - O mercado de trabalho dos <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/estados-unidos">Estados Unidos</a></strong> tornou-se gradualmente menos dinâmico desde 1990, com trabalhadores aparentemente presos em <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/empregos">empregos</a></strong> particulares e um processo mais lento de criação e destruição de vagas no setor privado, de acordo com pesquisa a ser apresentada a integrantes de bancos centrais nesta sexta-feira.</p>

A pesquisa realizada por dois economistas do setor trabalhista apresenta os EUA como um país que possivelmente está perdendo uma de suas notáveis forças econômicas --o robusto fluxo de trabalhadores entre postos de trabalho e a rotatividade de emprego enquanto as empresas têm sucesso ou quebram.

Eles disseram que a aparente tendência foi provocada por vários fatores: grandes varejistas dominantes que tiram do mercado empresas menos eficientes em relação ao trabalho; o envelhecimento da força de trabalho, que torna menos provável a mudança de empregos; e o acúmulo de regras e exigências de treinamento mais intensas que dificultam a contratação e as demissões.

Essas e outras forças reduziram medidas de "fluidez" do mercado de trabalho em até 25 por cento desde 1990, tendência que pode se traduzir em níveis menores de emprego, produtividade e salários, escreveram os economistas Steven Davis, da Universidade de Chicago, e John Haltiwanger, da Universidade de Maryland, em pesquisa preparada para a conferência anual de bancos centrais em Jackson Hole, Wyoming, nos EUA.

A conferência deste ano foca em questões do mercado de trabalho, destacando como o emprego e os salários se tornaram uma questão central no debate do Federal Reserve, banco central dos EUA, sobre a saúde da economia norte-americana e quando elevar a taxa de juros.

A chair do Fed, Janet Yellen, tem argumentado que alguns indicadores econômicos de alto nível, incluindo a taxa de desemprego, que têm caído mais rápido do que o esperado, não capturam a história completa de uma economia em que salários estagnados e a concentração de novas vagas na faixa mais baixa da escala salarial pesam sobre as perspectivas da classe média.

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