Economia

Mercado aposta em corte de 0,25 ponto na Selic

Copom começa hoje reunião e anuncia amanhã o novo patamar da taxa básica de juros

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h27.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve reduzir mais uma vez a taxa básica de juros da economia brasileira, segundo o mercado, e a principal expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual. A reunião do comitê começa nesta terça-feira (29/8) e se encerra amanhã.

Em queda desde setembro de 2005, a Selic está hoje em 14,75% ao ano. A ata da última reunião do Copom, ocorrida em 19 de julho, indicou que ainda há espaço para novas reduções nos juros, mas que os próximos cortes devem ser promovidos com "maior parcimônia" - o que reforçou as apostas de analistas e instituições financeiras para uma queda de apenas 0,25 ponto percentual.

A mais recente pesquisa realizada pelo BC, divulgada nesta segunda-feira (28/8), mostrou que o palpite mais freqüente entre os agentes do mercado é o de que os membros do Copom optarão pela taxa de 14,5% ao ano. O Bradesco, por exemplo, acredita que a incerteza em relação aos efeitos da política monetária sobre a inflação em 2007 podem favorecer um corte mais cauteloso na Selic, ainda que a alta dos preços venha se mantendo abaixo do previsto pelo governo. "A maior parte dos membros do Copom deverá optar por uma redução de 0,25 ponto percentual para permitir que se obtenha mais informações sobre a evolução da economia, tendo em vista a defasagem com a qual a política monetária opera", declarou, em nota, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da instituição.

Já a corretora Concórdia ressalta, também em relatório, que indicadores como os que mostram pior performance da atividade econômica no Brasil no segundo trimestre e a redução do nervosismo do mercado quanto aos rumos do cenário externo não serão suficientes para sensibilizar o Copom a promover um corte de 0,5 ponto. "Os membros do Copom costumam recorrer ao argumento de que o crescimento da economia, na maioria das vezes, não ocorre de forma linear, e que, portanto, o mais importante é se analisar a tendência do movimento através de um prazo maior de tempo", afirma a corretora.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Presidente do Banco Central Europeu prevê retorno da inflação para 2% na zona do euro

Banco Central comunica vazamento de dados de 53.383 chaves Pix cadastradas na Qesh

Setor público tem déficit de R$ 21,4 bi em agosto