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Lula oferece mercado livre para investidores estrangeiros

Força-tarefa com presidente e oito ministros passa o dia tentando convencer investidores de que;o Brasil é bom negócio

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h24.

Em nome da geração de emprego e renda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a 676 empresários americanos, canadenses e mexicanos reunidos no Hotel Waldorf Astoria, em Nova York, que invistam no país. "Estamos dispostos a oferecer a vocês um mercado livre para os produtos que desejarem produzir. O que eu quero é que os brasileiros tenham renda e emprego", afirmou Lula. "Nós, brasileiros, precisamos do investidor estrangeiro para gerar empregos, riquezas e renda."

Ainda segundo o presidente, a política externa adotada por seu governo marca uma nova etapa, de maior auto-estima. "Nós agíamos como se fôssemos uma nação insignificante. Temos muito para oferecer: tecnologia de ponta e mão-de-obra capaz de competir com outros países."

Lula e oito ministros participaram nesta quarta-feira (23/6) do evento "Brasil e Parcerias Negócios e Oportunidades", promovido pelo governo brasileiro.

Nova fase

Em sua palestra, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, buscou demonstrar, com dados de crescimento das exportações, que há agora maior tranqüilidade para a política econômica do país. "O Brasil está muito menos vulnerável a choques externos", disse. Em sua vez, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, foi direto ao ponto: "O Brasil não tem dinheiro para fazer todos os investimentos necessários devido às restrições orçamentárias". Ele afirmou que a economia brasileira poderá apresentar resultados grandiosos como os observados na economia asiática, caso consiga atrair mais investidores. Para tanto, afirmou, as Parcerias Público Privadas (PPPs) seriam fundamentais. "Estamos criando uma estrutura de financiamento que poderá facilitar os investimentos no Brasil. Estamos abertos para negociar", disse Mantega.

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"As regras no Brasil são claras. Lá, não há surpresa. Só queremos que o jogo seja aberto, franco e produtivo para o Brasil progredir de forma extraordinária. Não queremos de maneira alguma fazer política eleitoral. Desejamos crescer menos, mas de forma sustentável", disse o presidente Lula.

O projeto das PPPs federais ainda não foi aprovado pelo Senado.

Oportunidades

"O Brasil é um forte protagonista na produção de última geração de ônibus e caminhões. Há um crescimento nessa área acima de 50% ao ano", afirmou em sua palestra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Outra área que pode gerar lucro para investidores, segundo o ministro, é a telefonia celular. "Os investimentos neste setor vão triplicar nos próximos anos", disse. O setor de calçados também mereceu menção de Furlan, por seu crescimento previsto de 15% em 2004.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, preferiu destacar o significado da iniciativa. "Para o investidor e para as relações políticas, a confiança é um elemento essencial. Esse cara-a-cara cria confiança para negociar", afirmou Amorim.

Com informações da Agência Brasil.

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