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Juros no 1º semestre superam investimento no Bolsa Família

Gastos com juros da dívida pública brasileira consumiram, apenas nos seis primeiros meses do ano, R$ 225 bilhões

Bolsa Família: desarranjo nas contas públicas e a falta de uma política macroeconômica estão entre os principais fatores (Jefferson Rudy/Agência Senado/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 17h06.

Brasília - Dados do Ministério do Desenvolvimento Social apontaram que os gastos com juros da dívida pública brasileira consumiram, apenas nos seis primeiros meses do ano, R$ 225 bilhões, valor muito superior aos 167,8 bilhões gastos com o Bolsa Família desde outubro de 2003, quando o programa foi lançado.

O desarranjo nas contas públicas e a falta de uma política macroeconômica estão entre os principais fatores.

De acordo com a reportagem do Correio Braziliense desta terça-feira (18), no acumulado de 12 meses até junho, as despesas com juros atingiram R$ 417 bilhões, o equivalente a 7,32% do Produto Interno Bruto (PIB). Por mês, a fatura foi de R$ 34,7 bilhões, ou seja, 1,4 Bolsa Família por ano.

O principal programa de amparo social do governo federal tem custado, em média, R$ 25 bilhões anuais aos cofres da União.

Especialistas afirmam que o cenário deve piorar. A expectativa é de que a conta de juros da dívida fique ainda mais elevada. Segundo o jornal, os juros continuam subindo porque o governo negligenciou no controle da inflação, deixando que a taxa ficasse acima do centro da meta, de 4,5% anuais.

Outro dado relatado é que a conta de juros mais que dobrou desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o poder. Em janeiro de 2011, a despesa era de R$ 200,5 bilhões, e a taxa Selic, de 10,75% ao ano. A conta saltou 107,9%, e a Selic atingiu 14,25%.

Crise de governabilidade Para o economista Thovan Tucakov Caetano, da LCA Constulores, o brasileiro está pagando um custo alto pelos juros. "O ajuste fiscal não está sendo implementado plenamente devido à briga política e à crise de governabilidade".

Pelas estimativas da LCA, neste ano, a perda do rendimento real da população será de 2,8%. "É a primeira vez que isso ocorre desde 2003", destacou.

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Brasília - Dados do Ministério do Desenvolvimento Social apontaram que os gastos com juros da dívida pública brasileira consumiram, apenas nos seis primeiros meses do ano, R$ 225 bilhões, valor muito superior aos 167,8 bilhões gastos com o Bolsa Família desde outubro de 2003, quando o programa foi lançado.

O desarranjo nas contas públicas e a falta de uma política macroeconômica estão entre os principais fatores.

De acordo com a reportagem do Correio Braziliense desta terça-feira (18), no acumulado de 12 meses até junho, as despesas com juros atingiram R$ 417 bilhões, o equivalente a 7,32% do Produto Interno Bruto (PIB). Por mês, a fatura foi de R$ 34,7 bilhões, ou seja, 1,4 Bolsa Família por ano.

O principal programa de amparo social do governo federal tem custado, em média, R$ 25 bilhões anuais aos cofres da União.

Especialistas afirmam que o cenário deve piorar. A expectativa é de que a conta de juros da dívida fique ainda mais elevada. Segundo o jornal, os juros continuam subindo porque o governo negligenciou no controle da inflação, deixando que a taxa ficasse acima do centro da meta, de 4,5% anuais.

Outro dado relatado é que a conta de juros mais que dobrou desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o poder. Em janeiro de 2011, a despesa era de R$ 200,5 bilhões, e a taxa Selic, de 10,75% ao ano. A conta saltou 107,9%, e a Selic atingiu 14,25%.

Crise de governabilidade Para o economista Thovan Tucakov Caetano, da LCA Constulores, o brasileiro está pagando um custo alto pelos juros. "O ajuste fiscal não está sendo implementado plenamente devido à briga política e à crise de governabilidade".

Pelas estimativas da LCA, neste ano, a perda do rendimento real da população será de 2,8%. "É a primeira vez que isso ocorre desde 2003", destacou.

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