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IPCA abaixo da meta estimula redução nos juros

Para analistas, não há motivos que impeçam a queda gradual dos juros

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h57.

Os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta sexta-feira (6/10), aumentaram a confiança dos economistas de que o Banco Central (BC) continuará reduzindo a taxa básica de juros (Selic), hoje em 14,25% ao ano. Nem mesmo a eventual troca do presidente da República, a partir de janeiro, poderia deter a queda dos juros, diante das perspectivas positivas para a inflação neste e no próximo ano."Não creio que o Banco Central vá adotar uma política mais agressiva de corte de juros, mas as reduções devem continuar até um patamar próximo de 12,75% no final de 2007", diz o economista da corretora Geração Futuro, Mauro Giorgi. 

  O IPCA de setembro ficou em de 0,21%, dentro do esperado  pelos analistas. A tendência da  inflação   para este ano continua bastante abaixo da meta de 4,5% fixada pelo governo. De janeiro a setembro, o indicador apresenta alta de 2% e, no acumulado dos últimos 12 meses, de 3,7%.  

  No último relatório de mercado do BC, a média das instituições financeiras projetam um IPCA de 2,98% para 2006, e de 4,30% para 2007.Há sete semanas o mercado vem reduzindo a estimativa do IPCA de 2006. "O câmbio está estável e a inflação, dentro do esperado e abaixo da meta. Não há nada que indique reversão desse cenário. Por isso, as projeções são positivas", afirma a analista da consultoria Tendências, Marcela Prada.

Na ata de sua última reunião, divulgada em setembro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central afirmou que a decisão de reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual - acima das expectativas do mercado, que previa queda de 0,25 ponto - "resultaria em maior adequação das condições monetárias correntes à melhora no cenário prospectivo para a inflação observada entre as reuniões de julho e de agosto".

O documento, no entanto, destaca que o BC deverá adotar uma postura de maior parcimônia nos próximos meses. Apesar disso, há analistas que acreditam que a instituição repetirá a decisão tomada em agosto no próximo encontro, previsto para os dias 17 e 18 de outubro,  e baixará em mais 0,5 ponto percentual a taxa.  O próprio relatório de mercado do BC aponta que os bancos apostam em um corte de 0,5 ponto, embora muitos economistas aguardem um corte de 0,25 ponto.

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