No esquema, os 440 bilhões de euros do EFSF absorveriam a primeira perda potencial até uma certa quantia, em um investimento feito por investidores privados na dívida (Philippe Huguen/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2012 às 10h20.
Bruxelas - Investidores prometeram investir, juntamente com o fundo de resgate temporário da zona do euro, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês), 60 bilhões de euros em títulos do bloco, sob um esquema de coinvestimento de fundos, afirmou o presidente do EFSF, Klaus Regling.
No esquema, os 440 bilhões de euros do EFSF absorveriam a primeira perda potencial até uma certa quantia, em um investimento feito por investidores privados na dívida da zona do euro.
"Recebemos um retorno positivo para essa opção dos investidores de fora da Europa, e uma primeira onda de compromissos em montante de cerca de 60 bilhões de euros", afirmou Regling em uma entrevista coletiva.
"Por isso, estou confiante de que quando precisarmos do esquema, ele poderá ser lançado e atrairá fundos substanciais", disse.
Regling afirmou que o interesse do investidor em outro esquema de alavancagem do EFSF também foi bem sucedido. Nesse esquema, o fundo emitiria um certificado de seguro para uma percentagem do valor dos novos títulos de uma dívida soberana da zona do euro.
"Nós ouvimos de investidores que há um grande interesse em usar essa opção", disse Regling, acrescentando que ela estaria disponível até o final de janeiro.
Ele declarou que o rebaixamento do rating do fundo EFSF pela agência de classificação de risco Standard & Poor's no início do mês não reduziu a capacidade do fundo em alavancar seus recursos e também não diminuiu sua capacidade de empréstimo.
"A reação do mercado para o rebaixamento da S&P tem sido limitada... O fato de que o rebaixamento para AA+ foi feito somente por uma agência significa que isso não diminuirá a capacidade de empréstimo do EFSF de 440 bilhões de euros, o que significa que o EFSF possui meios suficientes para cumprir seus compromissos com os atuais e futuros programas potenciais de ajuste, até que ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira) esteja em operação em julho deste ano", afirmou Regling.