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Ideal é ter suficiente em reserva para não usar, diz Freitas

O ex-diretor do Banco Central Carlos Eduardo Freitas desaconselhou nesta sexta-feira, 20, o uso das reservas internacionais

Banco Central: "Reserva grande é como a força. Você tem que mostrar força para não ter que usar. Quando usa, é um desastre" (REUTERS/Ueslei Marcelino)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 16h39.

Rio - O ex-diretor do Banco Central Carlos Eduardo Freitas desaconselhou nesta sexta-feira, 20, o uso das reservas internacionais.

Durante a terceira sessão de debates do XVIII Seminário Anual de Metas para Inflação , na qual foram discutidos o fluxo de capitais nos países e questões relacionadas a ele, Freitas afirmou que "o ideal é ter o suficiente em reservas para não usar. Porque se usar é um problema."

O ex-diretor foi moderador de uma mesa formada ainda por João Barata Barroso, economista do BC, e Marcos de Carvalho Chamon, do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Durante o debate, Barroso defendeu o regime de câmbio flutuante, que, segundo ele, "tem inúmeras vantagens" para o País.

Ao mesmo tempo, pontuou que a experiência brasileira mostra que é possível controlar um pouco o câmbio, em momentos, por exemplo, de forte influxo de recursos para o País.

"Foi prudente o BC oferecer mecanismos de hedge (proteção)", afirmou, em referência aos leilões de swap cambial promovidos pela instituição. Entre agosto de 2013 e março de 2015, o BC manteve operações regulares com swaps.

Por outro lado, os debatedores demonstraram receio quanto ao uso das reservas para, em momentos de influxo, segurar o câmbio. "Há extrema relutância dos BCs em todo o mundo de usas as reservas", comentou Chamon, em sua apresentação.

"Reserva grande é como a força. Você tem que mostrar força para não ter que usar. Quando usa, é um desastre", comparou Freitas. Atualmente, as reservas brasileiras estão na casa dos US$ 375 bilhões.

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Durante a terceira sessão de debates do XVIII Seminário Anual de Metas para Inflação , na qual foram discutidos o fluxo de capitais nos países e questões relacionadas a ele, Freitas afirmou que "o ideal é ter o suficiente em reservas para não usar. Porque se usar é um problema."

O ex-diretor foi moderador de uma mesa formada ainda por João Barata Barroso, economista do BC, e Marcos de Carvalho Chamon, do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Durante o debate, Barroso defendeu o regime de câmbio flutuante, que, segundo ele, "tem inúmeras vantagens" para o País.

Ao mesmo tempo, pontuou que a experiência brasileira mostra que é possível controlar um pouco o câmbio, em momentos, por exemplo, de forte influxo de recursos para o País.

"Foi prudente o BC oferecer mecanismos de hedge (proteção)", afirmou, em referência aos leilões de swap cambial promovidos pela instituição. Entre agosto de 2013 e março de 2015, o BC manteve operações regulares com swaps.

Por outro lado, os debatedores demonstraram receio quanto ao uso das reservas para, em momentos de influxo, segurar o câmbio. "Há extrema relutância dos BCs em todo o mundo de usas as reservas", comentou Chamon, em sua apresentação.

"Reserva grande é como a força. Você tem que mostrar força para não ter que usar. Quando usa, é um desastre", comparou Freitas. Atualmente, as reservas brasileiras estão na casa dos US$ 375 bilhões.

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