Economia

Histeria do mercado prejudica candidato de situação, diz Lloyds TSB

Por que o mercado tem mostrado temor quanto ao crescimento de Lula nas pesquisas eleitorais? Existe algum motivo para acreditar em mudanças radicais na condução da política econômica? "Não. Mesmo que Lula vença, dificilmente o PT conseguirá maioria no Congresso, o que torna provável que o perfil conservador da Casa não se altere", afirma o […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.

Por que o mercado tem mostrado temor quanto ao crescimento de Lula nas pesquisas eleitorais? Existe algum motivo para acreditar em mudanças radicais na condução da política econômica? "Não. Mesmo que Lula vença, dificilmente o PT conseguirá maioria no Congresso, o que torna provável que o perfil conservador da Casa não se altere", afirma o Lloyds TSB em seu relatório semanal. Para o banco, a vitória da oposição imporia a necessidade de negociações com as bancadas, o que afasta qualquer hipótese de mudanças radicais.

O banco questiona ainda a liderança de Lula até outubro. "Talvez seja ainda prematuro considerar que a liderança de Lula perpetue até outubro", afirma o banco. "As convenções partidárias vão durar até junho. A verticalização das candidaturas pode ainda polarizar a disputa."

O Lloyds TSB apresenta dois cenários para o período até as eleições. No curto prazo, a volatilidade pode prevalecer, mas "afasta a histeria". O período de volatilidade previsto pelo banco pode ser do processo decisório até os primeiros meses de governo.

"Caso o temor de mercado prevaleça nos próximos meses, a taxa de câmbio continuará pressionada, aumentando os riscos de inflação e reduzindo as chances de queda na taxa de juros pelo Banco Central", afirma o Lloyds TSB. "O nível de atividade e as contas públicas serão prejudicados, assim como o candidato do governo que estará vinculado a essa situação."

Leia também no relatório completo do Lloyds TSB (.doc) os quatro pontos fundamentais do plano econômico argentino, o acordo do Chile com a União Européia, a reforma fiscal do Equador, e a ajuda financeira externa recebida pelo Uruguai.

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