Economia

Haddad sobre Desenrola: 'Liberamos R$ 50 bilhões para que bancos façam as negociações'

Ministro da Fazenda diz que estímulo em crédito presumido dado pelo governo atraiu os principais bancos do país para o programa

Haddad: O programa já está operacional no sistema dos bancos (Valter Campanato/Agência Brasil)

Haddad: O programa já está operacional no sistema dos bancos (Valter Campanato/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 17 de julho de 2023 às 20h01.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista coletiva nesta segunda-feira para tirar dúvidas sobre o Desenrola. Segundo Haddad, o governo liberou R$ 50 bilhões em crédito presumido para que os bancos tenham estímulo para aderir ao programa.

O que disse Haddad?

"Liberamos R$ 50 bilhões (em crédito presumido) para que o setor bancário faça as renegociações, no sistema de balanço financeiro. O estímulo para o banco é ter o valor da renegociação como crédito presumido com o governo. Se o desconto para a pessoa for de R$ 7 mil, o crédito para o banco será de R$ 7 mil - disse o ministro.

Segundo o assessor da Secretaria de Reformas Econômicas, Alexandre Ferreira, o programa já está operacional, com a adesão dos maiores bancos.

"O programa já está operacional no sistema dos bancos. Vamos ter os dados de bancos ao decorrer da semana. Os principais bancos já estão aderindo. Você entra no site do seu banco para fazer a renegociação - disse.

A expectativa do governo é de que cerca de 1,5 milhão de pessoas fiquem com o nome limpo com a "desnegativação" dos que tinham dívidas em atraso de até R$ 100, até o final do ano passado.

"Cerca de 1,5 milhão de pessoas devem ficar com nome limpo, com o fim da dívida de R$ 100. Essa dívida não vai poder voltar a ser negativada. Os efeitos são de forma definitiva para aquele montante - disse Alexandre.

Para os endividados que entrarem na chamada Faixa 1, ou seja, com renda de até dois salários mínimos e dívidas de até R$ 5 mil, o governo irá disponibilizar R$ 7,5 bilhões por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para cobrir eventuais calotes aos bancos

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