Haddad diz que terá reunião com Pacheco nesta semana para discutir dívida dos estados
Presidente do Senado se encontrou com governadores nesta segunda
Agência de notícias
Publicado em 18 de junho de 2024 às 18h47.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , afirmou nesta terça-feira que vai se reunir esta semana com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir o projeto sobre renegociação da dívida dos estados com a União.
— Eu vou me reunir com o Pacheco essa semana para a gente discutir, dentre outras coisas, esse tema — disse Haddad a jornalistas no ministério da Fazenda.
O presidente do Senado disse em coletiva na última quinta-feira que pretende apresentar um texto sobre o tema nesta semana. Segundo Pacheco, agora é o momento para retomar a discussão sobre a dívida.
— Considero que chegou o momento de nós decidirmos isso. Política é a arte de escolher, e precisamos escolher o formato dessa solução da dívida dos estados com a União. Espero que possa haver um amadurecimento do texto já na próxima semana. Quero levar ao presidente Lula essa questão e quero conversar com os governadores a respeito dessa proposta — disse em coletiva no Senado.
Pacheco se reuniu nesta segunda-feira com governadores dos estados para tratar sobre o tema. Participaram da reunião os governadores Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Romeu Zema, de Minas Gerais, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul e Ronaldo Caiado, de Goiás.
O presidente do Senado assumiu a liderança para renegociar a dívida, sobretudo por um interesse eleitoral, já que o estado em que foi eleito, Minas Gerais, acumula uma dívida maior que R$ 170 bilhões com a União.
Os estados com pior situação fiscal atualmente são Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás que estão no regime de recuperação fiscal.
Instituído por lei, o RRF permite que estados e municípios em situação de desequilíbrio fiscal tenham benefícios, com o objetivo de equilibrar suas contas. Prevê, por exemplo, a suspensão ou o alongamento do pagamento de suas dívidas com a União e que têm o governo federal como avalista. Como contrapartida, o ente federativo beneficiado deve atingir metas e cumprir regras, entre elas, a de não realizar concurso público, exceto para preencher cargos vagos.
São Paulo não está em regime de recuperação fiscal, mas o governo do paulista também participa das negociações, já que o estado é união federativa com maior patamar de dívida com a união atualmente: R$ 280,8 bilhões.